Alguns jogos são simplesmente eternos pois são conhecidos por terem defenidos os seus gêneros. É praticamente impossível negar a influência de Wolfenstein e DOOM no gênero de tiro em primeira pessoa (FPS). Por conta disso, um novo jogo dos mesmos desenvolvedores desses dois clássicos na época (1996) seria basicamente o ápice. E Quake não desapontou, se tornando outro clássico dos videogames.
Agora, 25 anos depois, o mesmo Quake daquela época é relançado com suporte a basicamente tudo que podemos esperar da tecnologia atual, porém sem perder a sua essência.
Esse remaster de Quake foi desenvolvido pela Nightdive Studios, atualmente conhecida por seus vários remasters – como o próprio DOOM 64 também para a Bethesda. Mexer num jogo clássico e mantê-lo com a essência da época é uma tarefa complicada, mas neste caso não há do que reclamar.
Os gráficos possuem suporte a 4K (nas plataformas com suporte a isso, é claro) e widescreen, além de várias melhorias gráficas mais técnicas: antialiasing, modelos aprimorados, iluminação e muito mais. Ainda não temos a versão nativa de PS5 (somente de PS4), portanto funcionalidades como 120 fps e recursos do DualSense ainda não estão disponíveis.
Mas algo que chama a atenção do pacote é o seu conteúdo. Além da campanha clássica original, algo que por si só já vale a experiência, temos diversas expansões. São elas: “The Scourge of Armagon” e “Dissolution of Eternity” (ambas originais da época), além de “Dimension of the Past” e “Dimension of the Machine” da MachineGames. Ou seja, há até mesmo conteúdo inédito oficial para os veteranos da série.
Apesar de não ser tão popular quanto Quake III: Arena, o multiplayer de Quake aqui presente é sensacional. É possível jogar a campanha inteira com até 4 amigos, seja local ou com tela dividida. E o multiplayer clássico no estilo PvP também está disponível para até 8 jogadores online ou 4 local. Há até mesmo suporte a servidores dedicados para a organização de partidas online e suporte P2P para partidas personalizadas. E sim, cross-play está presente também.
Por fim, algo que deixa o jogo basicamente infinito é o suporte a mods, da mesma forma que o DOOM e DOOM 2 clássicos lançados há algum tempo. É um suporte oficial, portanto com o tempo aparecerão fases criadas por outros jogadores dedicados que aumentarão a vida útil do game.
Quake é simplesmente perfeito e oferece tudo que você poderia desejar para esse remaster. O jogo só não leva uma nota máxima por um motivo: o controle. Tentei ajustar de diversas formas e nenhuma parecia ter uma resposta “do jeito que eu queria”. E se você pensa em usar mouse e teclado, já pode desistir: o título possui suporte a apenas ao teclado. Não é possível jogar com um mouse (até o momento com os patches lançados, isso pode mudar no futuro).
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Bethesda.
Veredito
Quake é um dos melhores jogos de todos os tempos e o remaster oferece basicamente tudo que poderíamos desejar. Porém, os controles podem desagradar os jogadores mais exigentes.
Veredict
Quake is one of the best games of all time and the remaster basically offers everything you could wish for. However, the controls may displease hardcore gamers.