[PSN] The Walking Dead: Season 2 – Ep.5, No Going Back

Quem acompanhou a atual temporada de The Walking Dead, muito provavelmente notou a queda de qualidade em relação à história de Lee e Clem. A primeira temporada fechou de forma brilhante e marcou o começo do amadurecimento precoce de Clementine – certamente um dos focos da segunda temporada.

É complicado para qualquer produto audiovisual manter o nível de excelência em relação a um antecessor que deu certo em quase todos os aspectos, caso de The Walking Dead da Telltale. Após os cinco episódios, fica mais evidente que a duração e o capricho no roteiro foram menores. Alguns personagens não são bem desenvolvidos e vários destes são descartados de forma precoce. Dentre os personagens do DLC 400 Days, por exemplo, apenas uma tem participação significante. O conteúdo adicional serve com um “filler” e não impacta de forma significativa na segunda temporada.

Para os que aguardavam um desfecho emocionante como o da primeira temporada, a possibilidade de decepção é enorme. No Going Back não carrega o mesmo nível dramático do fim da season 1 e recorre a clichês e situações comuns do universo de The Walking Dead. O episódio final não salvou a temporada, pelo contrário, carregou pra baixo o que tinha começado com uma proposta interessante.

O momento que mais me agradou em No Going Back, recorre à nostalgia. Ao demonstrar uma curta passagem (inédita) da história de Lee e Clementine, é mais fácil notar o poder de envolvimento e de afeto que a primeira temporada proporcionou. O mesmo não ocorre com igual intensidade na segunda temporada.

O gameplay também está cada vez mais escasso. O jogador passa por uma infinidade de cutscenes com escolhas e QTEs, mas passagens típicas de adventure ou point and click são raras neste quinto episódio. Quando acontecem, são curtas e “lineares”, oferecendo desafios inexistentes para os jogadores.

As falhas técnicas no quinto episódio continuam, como também foram relatadas em cada um dos episódios analisados. A Telltale precisará de uma nova engine para consoles, caso queira remediar os problemas de framerate, loadings e travadas constantes.

É preciso melhorar também no sistema de escolhas – está cada vez mais claro que as decisões do jogador são rasas, artificiais e pouco influenciam no destino das personagens e nos eventos que vão ocorrer. Não houve uma evolução significativa deste processo e, assim como na season 1, os usuários do jogo vivenciarão praticamente a mesma história.
 

Veredito

Apesar dos problemas e do desfecho medíocre, a segunda temporada de The Walking Dead é boa e merece ser jogada. No entanto, em determinados momentos é preciso saber parar – explorar os mesmos personagens por muito tempo, inevitavelmente esgotam histórias interessantes. O gancho deixado para a terceira temporada não é dos mais atraentes e não me estimularia a experimentar o que parece ser um “mais do mesmo” deste universo.

Jogo analisado com código fornecido pela Telltale.

Veredito

65

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