O jogo Batman Arkham Origins Blackgate foi lançado para Vita e 3DS no final do ano passado e gerou diversas controvérsias entre os amantes da série Arkham. Alguns gostaram muito do jogo e elogiaram a sua tentativa de trazer algo novo para o universo do Homem-Morcego, enquanto outros odiaram e disseram que era apenas uma nova forma de explorarem mais a franquia. Não satisfeita com isso, a Warner Bros. resolve relançar para os consoles e PC para que todos que não puderam jogar nos portáteis tenham acesso à aventura.
Para conseguir vender o contéudo novamente, colocaram o nome Deluxe Edition, para mostrar que trata-se de uma versão superior. Mas não se deixe enganar: pouca coisa mudou e, para quem já jogou nos portáteis, não há nada que justifique a compra novamente. Então vamos às diferenças da versão de PS3 quando comparada à versão de Vita.
Primeiro é preciso ressaltar as diferenças gráficas e sonoras. A versão de Vita não pecava muito no fator ‘gráficos’ e realmente era um jogo bonito na pequena tela do portátil. Mas aqui, quando colocado na tela grande, vários defeitos aparecem. Primeiro, é necessário dizer que não houve uma adaptação muito boa em relação às diferenças de tamanho. Seja nos momentos de luta, de predador ou de exploração, a jogabilidade é muitas vezes comprometida pela falta de espaço na tela. É como se tivessem pegado um jogo de uma tela de 5” e o trasportado sem mudanças para uma tela de 42”. Acho que uma adaptação melhor poderia ter sido feita nesse sentido.
Sobre as melhoras sonoras, é mais complicado ainda. O som ainda apresenta uma qualidade que deixa a desejar. Na verdade, quando eu estava jogando tive dois graves problemas durante a campanha. O primeiro foi som atrasado em uma das cutscenes e outro foi um bug de som monstruoso que só acabou quando mudei de sala. Se lembrarmos bem, o jogo era quase impossível de ser terminado na época do lançamento e recebeu um patch de correção, sendo que problemas assim deveriam ter sido corrigidos depois de tanto tempo. Um ponto positivo é o trabalho de dublagem que é excelente, mesmo com falas não tão interessantes.
A versão também traz skins e um novo sistema de navegação. O mapa remodelado é confuso e o sistema de dicas não ajuda muito. O fator exploração é constante no jogo e um mapa consistente é o mínimo que é esperado. O modo detetive é utilizado usando os botões e não a tela de toque e é algo que facilita um pouco. Mas como este modo é usado exaustivamente, é inevitável a quebra do clima do jogo diversas vezes.
As batalhas com chefes continuam excelentes e um pouco mais fáceis para entender graças ao tamanho aumentado da tela. Na verdade, são minhas partes favoritas. Acho que realmente captam a intenção do estúdio quando criou o jogo. A ideia é realmente interessante, mas foi mal executada. A história não empolga e atrapalha todo o resto. Ainda é o mesmo jogo. E os problemas ainda persistem.
Veredito
A Deluxe Edition é recomendável para quem não teve a oportunidade de jogar nos portáteis e quer conhecer a história da série na sua totalidade. As mudanças não são tão boas para justificar uma nova compra, mas é uma boa adição para quem é fã de jogos no estilo.
Jogo analisado com cópia digital adquirida na PlayStation Store americana.