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PlayStation Vita

Por muitos e muitos anos, o mercado de portáteis foi uma monarquia absoluta da Nintendo. Com o Game Boy, Game Boy Color, Game Boy Advance e o DS, todos com sua diversas variações, a Big N sempre dominou nessa área. A primeira ameaça real ao reinado foi, sem dúvidas, o PlayStation Portable, nosso querido PSP. É difícil definir exatamente o êxito do PSP – 70 milhões de consoles vendidos é longe de um fiasco, mas ainda é menos da metade dos 150 milhões de DSs ao redor do mundo.

Mas não estamos aqui para comentar o passado, e sim o futuro. O PlayStation Vita é a segunda empreitada da Sony na guerra das plataformas portáteis dedicadas a jogos, e embora não seja exatamente um “PS3 de bolso” como foi alardeado, é uma tremenda máquina.

Quando você tira o Vita da caixa, ele imediatamente impressiona com seu tamanho – com dimensões de 83,55 x 182 x 18.6 mm, o console desafia um pouco o termo portátil. Isso não quer dizer, porém, que ele seja um trambolho. Muito pelo contrário, o Vita é muito bonito, com um design semelhante aos PSP-1000, 2000 e 3000, e possui uma empunhadura boa sem causar às mãos o desconforto visto, por exemplo, no PSP Go. O console também não é muito pesado: 260g o modelo Wi-Fi e 272g o modelo 3G – pouco mais que o Nintendo 3DS e seus 235g.

Na parte da frente estão dispostos os botões de face (círculo, triângulo, quadrado e X), o d-pad, as duas alavancas anlógicas, os botões PS, Start e Select. Começando pelas alavancas analógicas, elas estão bem disposta no portátil e são ótimas de se usar, representando um enorme avanço em relação ao nub analógico do PSP. Embora elas sejam projetadas para cima, a altura em si das alavancas não é muita, e você não rpecisa ter medo de colocar o console no bolso e estragar as alavancas. Vale lembrar que, diferentemente das alavancas do DualShock, os analógicos do Vita não são clicáveis (ou seja, não possuem função L3 e R3). O d-pad foi uma grata surpresa para mim. O deslizamento do polegar por ele é excelente, e as setas direcionais não são tão afastadas como no PSP ou no DualShock, sendo muito mais agradáveis. Não exagero em dizer que talvez seja um dos melhores d-pads que já usei (se não “O” melhor). Os auto-falantes estão dispostos ao lado das alavancas e os botões PS, Start e Select estão abaixo dos analógicosficando em uma posição mais confortável que no PSP. Por fim, no canto superior direito, temos a câmera frontal do Vita, com resolução de 0.3MP.

A parte de cima do console contém os botões L e R, o botão Power, o regulador de volume, uma entrada auxiliar apra acessórios e o encaixe do cartão de jogos. A parte traseira do Vita apresenta a câmera tarseira, também com 0.3MP de resolução, o Touch Pad e uma espécie de “área de segurança”, para você segurar o vita sem acionar o Touch Pad. Na parte de baixo, temos a entrada para o cartão de memória, a entrada auxiliar para fones de ouvido e a entrada apra o carregador. Os modelos 3G possuem, ainda, uma entrada para o cartão SIM na parte esquerda do console. Completando o pacote de inputs, o Vita conta ainda com acelerômetros e giroscópios, garantindo a ele as mesma capacidades (muito pouco usadas) do SixAxis.

O aspecto mais impressionante do hardware do Vita é, com toda a certeza, sua tela. O display Super AMOLED de 5 polegadas é extremamente agradável aos olhos, e impressiona muito quando colocado lado a lado com smartphones ou mesmo o 3DS (apenas a tela do Vita é praticamente do mesmo comprimento do protátil inteiro da Nintendo). Diferentemente do PSP, esta tela é sensível ao toque, e possui capacidade de exibir resoluções em qHD (um quarto da resolução Full HD, ou seja, 960 x 540 pixels). O reflexo é bastante discreto e a tela se limpa facilmente, embora adquira sujeira com a mesma facilidade.

Iniciado o sistema, o usuário logo é apresentado à LiveArea, a nova interface do Vita que substitui a XMB usada no PSP e no PS3. A LiveArea é usada puramente pela TouchScreen, organizando os aplicativos e jogos em várias telas, assim como acontece no iOS e Android. A LiveArea é agradável, mas carece de polimento. Os aplicativos não podem ser organizados em pastas, e se você baixa muitos itens da PS Store, logo verá que as várias telas ficarão desorganizadas. Existem muitos aplicativos redundantes também, e é desagradável ter que usar um aplicativo para ver a lista de amigos, outro para enviar mensagens e mais um para criar grupos de conversa. Além disso, abrir qualquer aplicativo exige ao menos dois toques – se você for abrir um jogo, por exemplo, você clica na bolha desejada e o Vita primeiramente abre uma tela de apresentação, com as suas atividades recentes no referido jogo bem como seus amigos, e apenas com um segundo toque você inicia o jogo – não seria má ideia permitir ao jogador iniciar o jogo com um toque único. A interface não é feia e é bastante intuitiva e simples de usar, mas não é sem suas falhas.

Aliás, “bonito mas com suas falhas” é um bom jeito de se descrever o Vita. O console é lindo, tem um poder de processamento invejável e tem a capacidade de rodar tanto grandes produções quanto jogos mais simples que vemos em smartphones, mas alguns itens nele incomodam, e muito. O primeiro problema, que aparece antes mesmo de ligar o console, são os cartões de memória. Buscando evitar pirataria, os cartões do Vita são modelos únicos do console, não usados em nada que não seja o portátil. Esses cartões são muito caros, oferecendo a mesma capacidade de armazenamento que cartões micro-SD e os Memory Stick Pro Duo por preços muito maiores. O Vita já não é barato para nós (custando, no Brasil, cerca de 1200 a 1500 Reais), e esses cartões são um custo “escondido” que ninguém precisa.

Outra problema é o fato do Vita aceitar apenas uma conta por vez. É uma medida claramente feita para se evitar o compartilhamento de jogos, mas que atinge também as pessoas que possuem contas da PSN em diferentes regiões – que, como sabemos, possuem conteúdos diferentes. Você pode colocar outra conta no console a qualquer momento, mas para isso, terá que formatar tudo, gerando muito incômodo.

Dois detalhes de design que me desagradaram se referem à bateria e às saídas de vídeo. No caso destas últimas, o Vita simplesmente não possui nenhuma saída de vídeo, impedindo que você jogue em uma tela grande. Pode parecer bobagem, mas é um recurso que estava presente em duas iterações do PSP e que eu senti falta no Vita. Já quanto à bateria, esta é irremovível. Você não pode ter uma bateria extra para trocar em viagens longas e não pode susbtituí-la caso esta vicie. Felizmente, o tempo de vida da bateria é bom, girando em torno das 6 horas em condições otimizadas – algo a par do 3DS.

Outro ponto importante a se destacar é que a conexão 3G do Vita NÃO funciona no Brasil – não ainda, pelo menos. Se você espera jogar online em qualquer lugar, é bom esperar mais um pouco.

Jogos no Vita, aliás, são distribuídos tanto em mídia física quanto por download na PSN, não ficando no esquema de mídia digital exclusiva que prejudicou o PSP Go. As mídias físicas vêm em um cartão semelhante ao SD, abandonando de vez os UMDs do PSP. Infelizmente, os jogos em mídia física vêm em uma caixa absurdamente primária, sem manual ou qualquer outro extra que justifique o preço a mais em relação ao jogo digital. Á parte deste detalhe, a primeira leva de jogos do Vita é muito boa, com títulos como Ultimate Marvel vs Capcom 3, Super StarDust Delta e Rayman Origins e outros tantos ótimos jogos. Abaixo você pode ver vídeos com minhas primeiras impressões de 3 jogos – ModNation Racers Road Trip, Little Deviants e Uncharted: Golden Abyss.

É óbvio que o que determina a qualidade de qualquer plataforma de videogames são os jogos, o que torna praticamente impossível predizer se o Vita será um grande sucesso ou uma falha épica da Sony. Do ponto de vista do hardware em si, porém, há pouco o que reclamar. É um portátil impressionante, com capacidade para receber jogos excelentes. É cedo para dizer se o potencial do Vita se concretizará, mas a máquina em si está mais que aprovada.

— Resumo —

+ Hardware robusto e de capacidade impressionante
+ Tela grande e lindíssima
+ Ótima empunhadura
+ D-Pad excelente
+ Interface de usuário intuitiva e agradável, embora falha
+ Cross-game voice chat (aleluia)
+ Jogos distribuídos em mídia física e digital
+ Boa primeira leva de jogos

Cartões de memória em modelos proprietários e a custo elevado
Apenas uma conta por vez em cada aparelho
Falta uma saída HDMI (ou mesmo uma saída de vídeo qualquer)
Conexão 3G não funciona no Brasil
Preço elevado em território nacional
Bateria não-removível

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Veredito

90

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