Persona 4 Golden – Review

Quinze anos após o lançamento de Persona 4 para o PlayStation 2 e dez anos após o lançamento de Persona 4 Golden para o PlayStation Vita, a Atlus decide remasterizar Persona 4 Golden e lançar o hit JRPG para consoles, como o PlayStation 4.

A versão de PlayStation Vita de Persona 4 Golden recebeu uma análise do site em seu lançamento, porém trarei novamente alguns pontos básicos do jogo antes de partir para as melhorias e adições deste lançamento atual para PlayStation 4.

Persona 4 Golden conta a história de Yu Narukami (ou o nome que o jogador escolher para o protagonista), que se muda por um ano para a cidade de Inaba, no interior do Japão, para morar com seu tio e prima após seus pais decidirem viajar a trabalho e deixarem Yu sob os cuidados do tio.

Yu, estudante do colegial, começa o ano letivo em uma nova escola, com novos colegas e tudo de inédito ao seu redor. Logo após de começar as aulas, ele faz amizade com Rie, Yukiko e Yosuke. Um assassinato acontece na até então pacata cidade de Inaba e alguns dias depois, o grupo de amigos decide testar uma lenda urbana de algo chamado “Midnight Channel” e logo despertam o poder Persona.

O mistério se aprofunda e Yu, juntamente de seus amigos, formam um grupo de investigação, que com o poder Persona, deverão desvendar o mistério dos assassinatos e enfrentar os dramas vividos por cada um, enquanto precisam encarar o dia-a-dia da escola e passar de ano.

Persona 4 Golden é um JRPG originalmente lançado em 2008, então estereótipos do gênero estarão presentes no jogo, porém para um jogo daquele ano, ele também enfrenta assuntos muito importantes e relevantes de forma corajosa e até então inédita, o que há de se elogiar.

O combate é bastante conhecido para qualquer fã que já jogou algum jogo da série Persona na vida, sendo um RPG de turno em que jogadores escolhem ataques físicos ou magias para enfrentar os inimigos que surgem em seu caminho, além do protagonista ter a possibilidade de trocar de Persona, habilitando novos ataques, magias e combinações com o andar do jogo.

A exploração do jogo continua sendo em 3D, com dungeons específicas para cada momento do jogo, em que jogadores deverão avançar em diversos andares e chegar até o seu final, para completá-la e prosseguir o jogo. Fora das dungeons, o jogador também poderá explorar a cidade e interagir livremente com lojas e personagens do dia-a-dia.

O grande trunfo da série Persona, emulada por várias outras franquias desde então, é o “social link”, que nada mais é do que um sistema do jogo que permite com que o protagonista se aproxime de seus amigos e outros personagens secundários do jogo, conhecendo mais de suas histórias e dilemas, e assim fortalecendo seus laços de amizade ou mesmo de romance.

As melhorias do jogo em relação aos gráficos, apesar de não serem revolucionárias, já que este é apenas uma remasterização e não um remake, dão conta do recado de tornar o jogo atual para as plataformas em que foi lançado. O visual 3D não envelheceu tão bem, o que é de se esperar, mas especificamente com Persona 4 Golden, não detrai tanto da experiência do jogador. A framerate corre em 60 frames por segundo, garantindo uma jogabilidade lisa e suave.

Outra melhoria trazida nesta versão é a de escolher entre todas as dificuldades no começo do jogo, sem precisar completar o jogo pela primeira vez e só escolher entre elas a partir do New Game +. Uma nova lista de troféus também dá a chance para jogadores habilitarem platina, mesmo para aqueles que já tenham obtido uma com a versão de PlayStation Vita.

Persona 4 Golden, quando lançado para PlayStation Vita, logo se tornou um dos meus jogos favoritos de todos os tempos, e dessa lista nunca mais saiu. Entendo que uma remasterização não vá mexer tanto no jogo além dos gráficos e alguns pontos específicos, mas depois de dez anos, esperava um pouco mais para um jogo desse calibre.

A série Persona é a maior franquia desenvolvida pela Atlus e relançar os jogos para as plataformas atuais, ainda que tenha pulado uma versão específica para o PlayStation 5 e maiores melhorias de gráficos, é um grande avanço. Acontece que, desde 2012, outros jogos foram lançados, inclusive Persona 5 Royal, refinando a fórmula que vimos lá atrás.

Jogo (versão de PS4) analisado no PS5 com código fornecido pela Atlus.