Nioh 2 foi muito bem recebido em seu lançamento e trouxe algumas novidades quando comparado a seu antecessor (confira nossa análise para mais detalhes). Além disso, muito poderia ser explorado a partir da introdução de novas mecânicas no título, principalmente quanto às novidades referente aos Yokais e como isso passou a interferir na jogabilidade.
Se usarmos o primeiro jogo como base de todo o suporte pós lançamento que o mesmo recebeu, sua sequência teria então um bom futuro e agradaria a todos os interessados em continuar sua jornada no japão fantasioso dessa franquia.
O primeiro Nioh teve um total de 3 pacotes de conteúdo que expandiram suas história e deram ao jogador mais motivos para se manterem no jogo. Cada expansão lançada adicionou 1 nova dificuldade global, novas armas, missões, itens, armadura e mais, mantendo um plano de conteúdo pós lançamento de mais de 1 ano praticamente. Agora, em Nioh 2, a história promete ser a mesma.
A primeira expansão paga para o novo jogo da Team Ninja chegou com a promessa de mais conteúdo, desafio e novidades. Aprendiz de Tengu (The Tengu’s Disciple) traz por base 10 novas missões, uma nova história, uma arma totalmente inédita e mais itens, armaduras, inimigos, espíritos guardiões e habilidades.
A história da DLC gira ao redor de seu personagem encontrar um altar místico com um item estranho que o transporta para o passado, na região costeira de Yashima, causando o encontro com Yoshitsune e sua relação com a Sohayamaru, a lendária espada matadora de Yokai.
É complicado entrar em detalhes sobre o que poderia ser a história dessa DLC. Obrigatório dizer que todo o enredo acontece em 2 missões apenas, usando as cutscenes para introduzir personagens, desenvolver e dar fim a tudo em menos de 2 horas. Assim como as expansões do primeiro Nioh, as histórias apresentadas são extremamente curtas e atropeladas de forma narrativa, criando aqui uma experiência que vale totalmente pelo gameplay.
Dito isso, necessário que se tenha em mente o valor da expansão e o que ela traz. Os 9,99 US$ ou R$41,50 investidos não devem ser pensados como algo gasto para incrementar o conto do Nioh, mas sim a experiência de jogo e replay. Impossível recomendar a expansão pelo conteúdo narrativo, mesmo que incremente 2 personagens interessantes e uma relação positiva entre eles, mas sim pela quantidade grande de sobrevida ao título.
Além das missões principais e secundárias fornecidas, a DLC inclui como grande novidade uma nova arma ao arsenal do título. O cajaduplo é uma arma que a princípio funciona como um bastão, mas que, ao aplicar combos avançados ou movimentos mais agressivos, se divide em partes menores do cajado interligados por correntes. A arma é funcional tanto para curta quanto para longa distância, possuindo uma próprias árvore de habilidades específica e moveset distintos de qualquer outra arma do jogo. Muito provavelmente, jogadores de Kusarigama e lança devem se interessar pela nova arma em questão.
Além disso, há novos tipos de inimigos Yokais, como um caranguejo cheio de efeitos elementais, mas também variação de outros já conhecidos, tanto humanos como Yokais. Algo realmente novo é a ambientação apresentada. A região de Yashima vai sempre mostrar mapas costeiros, com construções e monumentos que se aproximam de vilas de pescadores e templos praieiros. Ainda assim, cabe espaço para algumas surpresas em missões, como uma missão secundária numa floresta ou fase que abusam de um level design bastante vertical.
Entretanto, mesmo que tenha algumas novidades e missões no jogo que vão entreter o jogador com pelo menos 4 a 5 horas de conteúdo inédito, o grande trunfo da DLC é trazer um novo nível de dificuldade para o jogo todo. Similar ao que foi feito no primeiro jogo, aqui cada expansão deve trazer uma espécie de NG+1, que vai incrementar a dificuldade base, alternar inimigos e itens, escalar o loot conseguido e, assim, manter o jogador com um desafio a mais para completar, que seria terminar novamente todo o jogo num modo mais avançado.
Tendo em conta que a maioria daqueles que se mantém ainda no título ou estão ávidos por novidades querem sempre algo que os motivem a jogar, o novo Sonho do Demônio é uma dificuldade extra que irá garantir pelo menos mais 20 horas para Nioh 2, mesmo que para isso é necessário aproveitar os mesmos conteúdos de sempre.
Algo que já foi bastante notável em Nioh 2 e aparentemente fica mais escrachado nessa DLC é o excesso de reutilização. Inimigos, chefes, design, itens e mais surge como uma reciclagem agressiva de tudo que a franquia mostrou no passado. Dos 4 grandes chefes da expansão, 2 são praticamente trazidos do primeiro título, sendo que um sequer teve alteração no visual. Missões secundárias continuam usando partes ou inversão de caminho de mapas já vistos, mostrando assim os mesmos cenários, mas numa ordem distinta e com novo posicionamento de inimigos.
A primeira expansão de Nioh 2 continua carregando os mesmos erros das expansões do jogo original assim como da sequência direta lançada ainda esse ano. Claramente poderia haver mais novidades, ou pelo menos um menor uso de reciclagem de conteúdo apresentado. Comprar uma DLC esperando algo que incremente ou evolua o jogo, mas receber apenas um conteúdo que incha a experiência soa frustrante. Entretanto, pelo baixo valor cobrado e pelo grande fator replay liberado, ainda é possível se divertir mais longas horas nessa aventura.
DLC analisado no PS4 Pro com código fornecido pela Sony Interactive Entertainment.
Veredito
Seguindo os passos dos conteúdos extras do primeiro jogo, Aprendiz de Tengu fornece da maneira mais fácil possível novos motivos para aproveitar Nioh 2. Talvez não seja o esperado ou o ideal, mas devido ao baixo investimento e ao grande fator replay adicionado, acaba valendo a pena para os adoradores da franquia.
Veredict
Following the first game extra content’s steps, The Tengu’s Disciple provides in the easiest possible way new reasons to enjoy Nioh 2. It may not be what is expected or ideal, but due to the low investment and added a huge replay factor, it ends up being a good option for the franchise lovers.