Mortal Kombat 1: Khaos Reigns – Review

Mortal Kombat 1, ao contrário de outros jogos da série, não foi muito bem recebido pelo público. Há muitos pontos que podemos discutir tanto positivos quanto negativos, mas o consenso é que o conteúdo single-player deixa a desejar. Com a chegada da expansão Reina o Kaos, esperava-se que a NetherRealm Studios aprimorasse essa parte, mas não foi desta vez.

Não vamos comentar o conteúdo do jogo base nesta análise, assim como não levaremos em conta o conteúdo gratuito que o jogo base recebeu (como os Animalities e as várias temporadas do modo Invasões). Este review leva em conta somente o que você recebe comprando a expansão Reina o Kaos.

Mortal Kombat 1: Khaos Reigns

Primeiramente, é importante ressaltar que Reina o Kaos é dividida em duas partes: o conteúdo do modo história e os seis personagens DLC. Ou seja, Reina o Kaos é basicamente um Kombat Pack 2 “gourmet” que não pode ser adquirido de forma separada – no momento, nem os personagens podem ser comprados isoladamente também.

O modo história segue a mesma ideia do que já aconteceu com Mortal Kombat 11: Aftermath. É um nova campanha que acontece logo após o fim da história do jogo base. O gameplay também é idêntico: temos capítulos separados por personagens jogáveis.

Mortal Kombat 1: Khaos Reigns

Sem entrar em muitos detalhes, no início da história de Reina o Kaos temos o casamento de Scorpion (Kuai Liang) e Harumi, o qual Sub-Zero (Bi-Han) deseja atacar junto com Sektor, Cyrax e todo o clã Lin Kuei. Logo após esses eventos, descobrimos que o Titã Havik (que apareceu na cena pós-créditos do jogo base) decide invadir a linha do tempo de Liu Kang e sequestrar Geras. A partir daí, a trama se desenrola.

De uma forma geral, a história é ruim. Sempre gostei das tramas de Mortal Kombat, mas a de Reina o Kaos é péssima. Acredito que ninguém mais aguenta mundos paralelos. O problema, no entanto, é que o enredo é sem graça e com muitos pontos no mínimo questionáveis. Todo o arco final com Noob Saibot é simplesmente horrível e mal explicado. Novamente, como não quero estragar a surpresa de ninguém, fica apenas a minha opinião a respeito. Vale ressaltar, porém, que a qualidade técnica das cutscenes é muito boa, apesar do enredo péssimo.

Mortal Kombat 1: Khaos Reigns

A segunda parte da expansão é justamente os personagens DLC. No momento, temos três dos seis previstos. Conan, Ghostface e T-1000 só serão lançados mais tarde. Mais uma vez, entendo a escolha de usar personagens convidados, mas Mortal Kombat, principalmente MK1, está abusando um pouco desse número. Teremos 35 personagens no total ao final desse Ano 2 e, desse número, 6 são convidados. Ou seja, 17% do jogo não consiste em lutadores do universo MK.

Mas deixando essa discussão de lado, temos Noob Saibot, Cyrax e Sektor neste DLC. Sinceramente, são os três que fazem a nota final ser a que deixamos no fim, pois se fossem outros personagens menos desejados pelos fãs provavelmente a nota seria menor.

Mortal Kombat 1: Khaos Reigns

Não vou discutir a questão de Sektor e Cyrax serem femininas. No gameplay, como continuam sendo personagens mascarados, sinceramente não me importo. Para esclarecer minha opinião, se tivéssemos uma Janet Cage – que é uma personagem visível e não “ninja/robô” digamos assim – substituindo Johnny, talvez ficasse mais incomodado, ainda mais que Cassie Cage existe e é uma personagem muito melhor.

O gameplay dos três personagens é bem adaptado à mecânica de Mortal Kombat 1. Aliás, algo que elogio em MK1 desde o seu lançamento é o seu gameplay. Gosto bastante do jogo, porém admito que o sistema de Kameo não deveria existir.

Mortal Kombat 1: Khaos Reigns

Dito isso, Noob Saibot ainda utiliza suas sombras em golpes, possui teleport e a sua magia foi modificada mais uma vez para algo que talvez possua utilidade. Sektor tem seus mísseis, teleport e lança-chamas, assim como algumas mecânicas únicas com o seu soco. Cyrax, por fim, continua lançando bombas, redes (além das espumas que possuem o mesmo efeito; a rede é um golpe EX), teleport e sua serra. Sinceramente, a expansão é para quem deseja jogar com algum desses personagens e apenas para isso.

Reina o Kaos é bem decepcionante. A NetherRealm Studios claramente não está ouvindo a comunidade, pois é muito óbvio que os jogadores querem mais conteúdo single-player (mas não algo que a maior parte não seja jogável que é o modo história). MK1 possui um gameplay bom (tirando os Kameos) e um elenco que consegue agradar muitos fãs (ainda restam alguns como Jade, por exemplo, mas é inegável que há vários clássicos, ainda mais com o DLC), mas falta aquele carinho como as Torres com 300 Desafios únicos de MK9, um Tag Mode que os fãs pedem desde MK9, aquela Kripta que ficou sensacional em MK11 e o mais absurdo de tudo: um simples lobby online que não seja Rei do Pedaço (os títulos anteriores tinham as Salas que eram muito boas). Sem contar um Shaolin Monks, que poderia ser uma campanha de um MK facilmente. Há muita coisa que MK1 pode melhorar, e a campanha de Reina o Kaos expande o que não precisava ser aumentado neste momento.

DLC analisado com código fornecido pela WB Games.

Veredito

A expansão da história de Mortal Kombat 1 é decepcionante. Um enredo fraco e uma conclusão ainda pior. Por outro lado, Cyrax, Sektor e Noob Saibot possuem um gameplay interessante que não torna o DLC como um todo descartável.

60

Mortal Kombat 1

Fabricante: NetherRealm Studios

Plataforma: PS5

Gênero: Luta

Distribuidora: WB Games

Lançamento: 19/09/2023

Dublado: Sim

Legendado: Sim

Troféus: Sim (inclusive Platina)

Comprar na

Veredict

Mortal Kombat 1’s story expansion is disappointing. A weak plot and an even worse conclusion. On the other hand, Cyrax, Sektor and Noob Saibot have interesting gameplay that doesn’t make the DLC as a whole dispensable.