Maneater: Truth Quest – Review

Quando Maneater foi lançado em maio de 2020, Bruno Vinhadel, um de nossos redatores, o analisou e o recomendou como um jogo para ser desfrutado sem compromisso. Agora, pouco mais de um ano depois do lançamento oficial, a Tripware Interactive resolveu trazer aquele reality show de volta no DLC Maneater: Truth Quest, uma aventura pra lá de maluca, mas cheia de recados importantes sobre o meio ambiente.

Maneater: Truth Quest foi, na verdade, uma surpresa. O jogo base continha uma história com começo, meio e fim, sem – aparente – espaço para um DLC. Porém, após jogar o conteúdo adicional, é possível entender que, como nada disso faz muito sentido, eles poderiam até pensar em mais extras para aumentar a longevidade do jogo.

A história desse conteúdo mostra como os insectoids (vulgo aliens) estão dominando o Complexo da Ilha Plover – nova região do mapa – e destruindo o mar com todo o lixo tóxico, transformando os bichos em seres radioativos e extremamente perigosos. No papel daquele pequeno tubarão que vingou a mãe na história principal, você deve descobrir como, e de onde esse lixo todo está saindo.

A história, como podem perceber, é bem maluca. No entanto, com a narração do reality show, ela fica engraçada, e cada vez mais sem noção, já que na maior parte do tempo o narrador diz coisas que não fazem qualquer sentido.

Além de uma nova localidade, Maneater: Truth Quest traz novos caçadores de elite para derrotar, e acredite, eles serão muito mais difíceis que aqueles que foram vistos na campanha principal.

Para dificultar a vida do tubarão, agora os inimigos têm acesso a helicópteros e navios enormes, mais resistentes e que ainda por cima lançam mísseis. Tudo isso, combinado ao alto dano e a quantidade de caçadores que se reúnem para te derrubar, torna a missão do um pouco mais complicada.

Para tentar deixar as coisas mais equilibradas e coesas com a história em si, agora é possível subir o nível do tubarão até o 40 e pegar novas melhorias radioativas. Com o set completo, é possível soltar raios de energia radioativa e esquivar-se em forma de “ácido”. Embora o seu personagem fique forte, muitos dos inimigos aquáticos também possuem poderes similares, então será preciso muito mais que força para derrubá-los.

Mesmo com uma nova região a ser explorada e novos caçadores para derrubar, Maneater: Truth Quest cai numa exaustão sem tamanho. É muito divertido batalhar com as novas melhorias, principalmente pelo raio radioativo, porém, chega uma hora que os dedos doem, de tanto que é preciso apertar o R2. E, infelizmente, não há escolha aqui, pois caso você não faça isso rapidamente na maior parte do tempo, a morte estará garantida.

As missões continuam repetitivas, sendo basicamente resumidas em comer humanos ou destruir monstros marinhos modificados pela radiação. Para ser justo, eles implementaram umas quests diferentes – e bobas -, como a corrida contra o tempo e a de comer os seguidores fanáticos do apresentador do reality show.

Maneater é um jogo muito bonito, e o novo local apresentado em Meaneater: Truth Quest dá o ar mais convincente de um lugar assolado pela tragédia, cheio de produtos químicos no mar, algo que reflete a realidade que vivemos. Mas ele vai além disso. As luzes das cidades, o pôr-do-sol, a água, a iluminação geral…é tudo muito bem feito, o que torna o jogo ainda mais prazeroso de se jogar.

Infelizmente, Maneater: Truth Quest veio com uns bugs bizarros. Durante algumas partidas, o jogo “crashou” umas duas vezes. Além disso, em um outro momento, quando retornei ao mundo marinho, meu tubarão havia perdido todas as melhorias e estava com 10 níveis a menos. Uma loucura só!

É triste ver que a Tripware Interactive teve mais de um ano para arrumar esses bugs bizarros (que já existiam no jogo), mas mesmo assim não fez nada para melhorar a experiência. É preciso ficar atento quanto à aquisição do DLC, pois embora seja divertido até certo ponto, acaba enjoando muito mais rápido do que deveria.

DLC analisado no PS5 com código fornecido pela Tripwire Interactive.