Quando foi lançado, Granblue Fantasy Versus se tornou uma agradável surpresa. Afinal, era mais um título da Arc System Works (Guilty Gear Strive, Dragon Ball FighterZ) usando como base a franquia da Cygames. O jogo tinha suas mecânicas únicas, gráficos sensacionais e uma quantidade considerável de conteúdo. Porém, apesar do suporte que recebeu ao longo do tempo, existia uma falha que não o deixava evoluir: o netcode não ser via rollback.
Em outras palavras, o online de Granblue Fantasy Versus era, indo direto ao ponto, ruim. Fãs esperavam que um patch trocasse o sistema, mas nunca veio – até que o anúncio de Granblue Fantasy Versus: Rising ocorreu. E, finalmente, temos um online viável.
Granblue Fantasy Versus: Rising é, basicamente, um “Super” Granblue Fantasy Versus. O seu lançamento não era exatamente necessário; tudo que é oferecido aqui poderia ter sido colocado no jogo anterior via DLC. Mas, por outro lado, é uma forma de você obter todos os DLCs (e várias outras novidades) de uma só vez e a um preço mais acessível.
Há vários modos de jogo em Granblue Fantasy Versus: Rising e é preciso detalhar cada um deles para explicar o que há de novo. Mas já adianto um ponto: se você não gostou do jogo original, não há como se interessar por este aqui. Como dito, é um pacote completo com determinadas novidades, mas a sua base ainda é a mesma. Se virou fã, Rising é basicamente obrigatório.
Primeiramente, temos o modo história. Da mesma forma que GBVS, Rising está totalmente legendado em português do Brasil, facilitando a compreensão aos jogadores que não possuem o domínio do inglês.
O modo história é contado em forma de visual novel e dividido em três Atos. O primeiro Ato é o modo história de GBVS na íntegra. Você pode até ignorá-lo se puxar o save do original. Já o Ato 2 e 3 são histórias inéditas que ocorrem logo após os eventos do Ato 1. Como esperado, a história inédita conta com vários personagens que eram DLC no anterior, além dos que chegaram com Rising.
Além do modo história, GBVS: Rising possui modos que você espera de um jogo de luta, como Arcade, Versus e Training (bastante completo, aliás). Também temos um glossário, além de uma galeria de arte e de música.
Um modo que é novidade em GBVS: Rising é o ‘Modelos Digitais’. Esse modo é basicamente pegar ‘estátuas’ dos personagens ou itens e colocá-los em diferentes poses e cenários. Você cria situações dessa forma e pode tirar fotos com isso para compartilhar nas redes sociais. É algo simples e que não gera interesse para mim, mas entendo que existam jogadores que possam gostar.
O coração de GBVS: Rising está no online. Com o netcode via rollback, é simplesmente ótimo jogá-lo. Com brasileiros, apesar de serem poucos nesse período de pré-lançamento, é liso. Mas pude enfrentar alguns americanos sem problemas e até mesmo japoneses. Mas é claro, tudo tem limite: a partida com os orientais era “jogável”, mas longe do ideal. Porém, só por ser possível isso, já mostra que o sistema é muito melhor que o do seu antecessor.
GBVS: Rising possui lobbies online (com os avatares ‘chibi’), mas também é possível jogar partidas casuais ou ranked pelo menu principal. Mas o online vai além das lutas: temos o chamado ‘Gran Batalha’ (Grand Bruise). Acredite se quiser, mas esse modo é basicamente um Fall Guys.
A ideia é que você participe de pequenos minigames com seu avatar chibi. Os minigames possuem a mesma ideia de Fall Guys: vence quem chegar primeiro em uma corrida de obstáculos ou a equipe que pegar mais ouro para a sua base, por exemplo. É, honestamente, algo bizarro para se ter em um jogo de luta. No fim é algo divertido, mas não por muito tempo, pois os minigames repetem bastante.
Em relação ao seu gameplay e mecânicas, GBVS: Rising possui todas as do jogo original. Você ainda pode executar os movimentos especiais com uma direção e botão, por exemplo, mas realizá-lo com os inputs clássicos causará mais dano no oponente, além do tempo de recarga do movimento especial ser menor. GBVS: Rising continua sendo um título com mecânicas bastante simples quando comparamos com outros jogos do gênero.
Uma novidade, porém, é o sistema de Raging Strike. Pressionando Triângulo e Bola na configuração padrão, você ativa um golpe que todos os personagens têm acesso e funciona como um ‘Drive Impact’ de Street Fighter 6. Se o seu oponente estiver defendendo, o golpe abre a defesa dele. Quando isso ocorre, você tem a opção de gastar mais recursos e continuar combando (é o chamado Raging Chain). Nesse momento, se decidir fazer isso, o adversário pode contra-atacar usando o Raging Strike dele. Os mesmos botões também ativam o Brave Counter: quando é você quem está defendendo, essa mecânica afasta o oponente.
Os sistemas citados podem ser executados três vezes por round (os símbolos – Bravery Points – no topo da tela mostram quantos cada lutador ainda podem fazer).
Por fim, chegamos a um ponto que pode ser problemático para GBVS: Rising: a sua loja in-game. Nela temos diversos itens à venda, como artes dos personagens, cores, armas, avatares chibi, etc. A moeda para isso são as rúpias, as quais se obtém jogando.
O problema disso está na quantidade dessas rúpias. Após jogar quase 10 horas, não cheguei a ter 1.000 delas. E os itens variam de valores que vão desde 100 a até mesmo 22.500. Ainda não temos microtransações ativas na PS Store, mas parece bastante óbvio que isso será uma. Todos os conteúdos são opcionais e cosméticos, mas quem gosta de destravar tudo que o jogo dá direito, ou passará muito tempo jogando ou terá que abrir a carteira, infelizmente.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Cygames.
Veredito
Granblue Fantasy Versus: Rising é basicamente um “Super” Granblue Fantasy Versus. Ou seja, é um pacote atualizado com todos os personagens até o momento, netcode via rollback e alguns novos modos. Se você gostou do original, apreciará ainda mais este novo jogo. Caso contrário, como a base ainda é a mesma, dificilmente sua opinião mudará.
Granblue Fantasy Versus: Rising
Fabricante: Arc System Works
Plataforma: PS4 / PS5
Gênero: Luta
Distribuidora: Cygames
Lançamento: 14/12/2023
Dublado: Não
Legendado: Sim
Troféus: Sim (inclusive Platina)
Veredict
Granblue Fantasy Versus: Rising is basically a “Super” Granblue Fantasy Versus. In other words, it is an updated package with all the characters so far, netcode via rollback and some new modes. If you liked the original, you’ll enjoy this new game even more. Otherwise, as the foundation is still the same, your opinion is unlikely to change.