O que faz com que Demon’s Souls seja (mesmo que tardiamente) muito bem aceito pela crítica especializada é o fato de absolutamente não se tratar de um jogo para gamers casuais. A verdade é que até mesmo gamers hardcore passarão bastante raiva. Trata-se de um jogo absurdamente difícil, mas que tem nesta dificuldade a sua principal qualidade. E é o tipo do jogo que pode ser considerado uma revolta contra a casualização dos games.
Demon’s Souls é um RPG no estilo ocidental que foi primeiramente lançado no Japão pela Atlus, e desenvolvido pela From Software. Sua história é pautada na velha luta entre o bem (seu personagem) contra o mal (quase todo o resto do jogo). Um terrível demônio dominou o reino de Boletaria, e agora pretende que todo o inferno destrua e domine a terra. E somente uma alma corajosa como a sua poderá mandar o capiroto para as profundezas do inferno e trazer de volta a paz. Tudo bem, mais clichê impossível. Mas com certeza não é no roteiro que está pautada aquela recomendação que você já deu uma olhada lá embaixo.
O que faz com que Demon’s Souls seja tão bem recomendado é exatamente a sua dificuldade. É um aspecto que embora possa frustrar aqueles acostumados com jogos mais simples, é extremamente recompensador para os gamers mais hardcores, ávidos por desafios. Quando você percebe que morte é uma parte importante do jogo, isso fica mais claro ainda. Quando você morre, seu corpo físico se perde e você passa a ser uma alma. A partir deste momento você conta com apenas metade do seu HP original, tornando tudo ainda mais difícil. E só recupera o seu corpo novamente ao matar um chefe de fase.
