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Dark Souls Remastered

Ao chegar no mercado em 2011, Dark Souls capturou a atenção de um grande público e se consagrou como um dos melhores jogos daquele ano. Hoje não é exagero aclamar o RPG de fantasia medieval da From Software como um dos produtos mais marcantes da indústria. Só houve um pequeno problema naquela época; o game tinha uma performance desastrosa em todas as plataformas que esteve presente.

A experiência em algumas áreas eram desagradáveis, mas foi na famigerada Blighttown que Dark Souls desapontou. A taxa de quadros por segundo era tão baixa no local que se tornava impossível desviar ou atacar com eficiência. Mesmo nas ambientações mais calmas, a versão do PlayStation 3 não dava conta de manter o alvo de 30 frames por segundo.

A existência de Dark Souls Remastered é justificada, portanto. Rodando em plataformas mais poderosas e passando por otimizações no motor gráfico, a nova versão do jogo é tecnicamente impecável. Um jogo tão bom merecia ser usufruído na sua melhor forma possível e, graças a QLOC, empresa por trás da remasterização, agora isso é possível.

A remasterização é uma ótima oportunidade para novatos também conhecerem a série. Para os pouco familiarizados, Dark Souls é um action RPG extremamente punitivo, contudo jamais injusto. Além de um excelente sistema de combate, o jogo possui um enorme acervo de armas, equipamentos e um PvP que faz proveito dessa variedade.

Dentre todos os jogos da série (mesmo considerando Demon’s e Bloodborne), Dark Souls é o que mais impressiona por seu world design. A região de Lordran, aonde se passa a história do game, consta de muitas áreas interconectadas, passando a sensação de um mundo coeso. Há uma enorme precisão geográfica nas ambientações e na escala, de modo que o jogador compreenda que áreas isoladas façam parte de um todo e consiga identificar com facilidade as regiões que percorreu e ainda vai se aventurar, ao longo da jornada.

A narrativa é sutil, assim como nos demais da série, com poucas cutscenes. Os diálogos e descrições de objetos fornecem os detalhes da história, que é revelada a conta-gotas. Dark Souls, todavia, se sobressai pelo seu gameplay. As diversas opções de progresso da personagem, um combate desafiador e a sensação de descoberta pela exploração fazem do jogo da From Software singular dentre o gênero.

A respeito do quesito visual e da qualidade da remasterização, Dark Souls impressiona pela qualidade das vestimentas, armaduras e pelo design dos inimigos. Alguns assets dos cenários estão datados, especialmente a composição das vegetações e algumas texturas de chãos/paredes (a baixa qualidade fica ainda mais evidente jogando em uma resolução maior no PS4 Pro). É preciso reconhecer o esforço da QLOC, no entanto. A desenvolvedora foi além do upgrade de resolução e framerate, entregando um sistema de iluminação totalmente reformulado, novos efeitos de fogo, da névoa dos portões, melhor anti-aliasing, entre outros detalhes.

O gameplay permanece praticamente intacto, com pouquíssimas alterações. Há uma nova bonfire nas catacumbas que facilitam muito a vida do jogador e correções de bugs, mas no geral, é o mesmo Dark Souls de sempre.

Há novidade expressivas referente ao modo multiplayer nesta versão. A possibilidade de usar password foi implementada e o número de jogadores online aumentou de 4 para 6. Há também opções para restringir o matchmaking. O uso de estus e as possibilidades de invocação nesse modo também foram reestruturados, com o intuito de balancear melhor as lutas.

Tanta atenção ao modo multiplayer não o salva, no entanto. O modo multiplayer competitivo de Dark Souls é um dos mais monótonos e desbalanceados da série, dada a prevalência do status poise e por não consertar o problema da “pesca de backstabs”. O lag e o backstab via teleporte ainda são rotina, algo que torna difícil aproveitar uma sessão multiplayer em Dark Souls Remastered.

Sobre o modo cooperativo, a comunidade parece vasta nessas primeiras semanas, então caso precise de um parceiro coop, haverá de sobra. A cooperação propicia uma boa oportunidade de contornar a dificuldade alta do jogo, caso passe aperto com alguma área ou chefe específico. A remasterização ainda possui alguns pequenos novos ajustes, como a possibilidade de diminuir a HUD, mas infelizmente não oferece uma opção de escondê-la automaticamente.

Veredito

Mesmo que o PvP não seja muito agradável, a campanha de Dark Souls ainda é sublime. Vale a pena jogar novamente para experimentar builds inéditas e encarar os desafios de outras formas, mas a diferença que define a experiência no remaster é jogar em 60 quadros por segundo. A maior precisão sobre os controles e a perfeita fluidez da imagem adicionam muito a um produto que já era excelente, mesmo com os inconvenientes da versão original.

Jogo analisado com código fornecido pela Bandai Namco.

Winz.io

Veredito

94

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Veredict

Even though the PvP is not pleasant, the Dark Souls campaign is still sublime. It’s worth playing again to try new builds and face challenges in other ways, but the difference that sets the remaster experience is playing at 60 frames per second. The greater precision on the controls and the perfect fluidity add a lot to a product that was already excellent, even with the drawbacks of the original version.