Custom Mech Wars – Review

Custom Mech Wars tem uma premissa muito simples e extremamente atrativa para fãs de construção de mechas: Qual robô você sempre quis construir? Independente de limitações físicas ou tecnológicas, esse é um título que deixa o jogador sonhar livremente sobre construir seus mechas e testá-los em combate contra enormes hordas de inimigos. O jogo, produzido pela D3Publisher, tem muito de Earth Defense Force em sua construção para o melhor e para o pior.

A jogabilidade é de um jogo de tiro em terceira pessoa, no qual o jogador entra no campo de batalha com seu mecha inicial e, caso deseje ou ele quebre, é possível trocá-lo por outros em sua garagem durante o combate. A jogabilidade funciona de maneira adequada com todas as peças possíveis para montar o seu mecha e que causam diferenças consideráveis no modo de movimento e estilo de combate possível com seu mecha. Em qualquer cenário, dezenas de outros mechas irão entrar em combate de maneira simultânea contra o jogador e, com a quantidade de inimigos, o combate se torna frenético de maneira muito rápida com o jogador atirando com uma enorme barragem de armas enquanto tenta desviar de outra centena de tiros e mísseis. 

Nesses casos, o combate se torna bastante divertido, mas a campanha se resume simplesmente a derrotar as hordas de inimigos, portanto, é algo extremamente repetitivo. É algo que se torna cansativo caso jogue de maneira ininterrupta por sessões longas, mas muito mais digerível em sessões pequenas de 1-2 missões para testar uma nova combinação ou um equipamento diferente. A campanha é realmente longa, então há um bom tempo de jogo nela. 

É exatamente nisso que fica o foco de Custom Mech Wars: construção e experimentação. Se você não tem esse foco de testar novas peças, construir novos mechas e então testá-los em combate, esse jogo simplesmente não vai te atrair. Em cada nível é possível adquirir dezenas de peças que variam entre peças principais, componentes adicionais e customizações visuais para seu mecha e, além disso, as peças utilizadas evoluem com o uso e alteram seus status, permitindo ainda mais combinações. 

Um mecha básico é composto pelas pernas, corpo, cabeça e os braços e, para demonstrar as capacidades de construção, o jogador tem uma liberdade enorme em quantas dessas peças ele consegue utilizar. Quer um robô com 2 cabeças ? É possível fazer isso. Com troncos em sequência para fazer uma pirâmide ? Também. Eu próprio fiz um robô com 4 braços e cada um carregando uma arma diferente e só não adicionei mais, pois não queria ir além do limite de peso que as pernas aguentavam naquele momento. Outras partes envolvem peças que atacam automaticamente, armas de curto alcance e outros enfeites que também afetam o status de seus mechas. 

Em contrapartida, a complexidade na criação dos mechas torna os controles de combate também complexos e difíceis de ajustar pelos menus do jogo. O jogador tem acesso a quatro botões para armas de fogo e o botão O para ataques físicos e um botão para ataques listados como especiais. Os botões L1 e L2 são utilizados para movimentar seu mecha com boosts terrestres e aéreos, o que permite uma movimentação bem rápida do mesmo. Com a possibilidade de colocar dezenas de armas simultâneas, muitas dessas acabam em combinações de botões inconvenientes e os menus são anti intuitivos para organizar as armas. 

O jogo conta com o modo campanha para um jogador e, também, o modo online para jogar a campanha com amigos, mas não consegui testar o modo pela falta de jogadores online. É algo que deve ser combinado previamente com um grupo para realmente ser aproveitado e, infelizmente, o progresso do modo campanha de um jogador não é carregado para o online. Além disso, não há um modo para divulgar e compartilhar suas criações com outros jogadores e isso é uma oportunidade perdida, pois a criação é o foco do título. 

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela D3 Publisher.