A subsérie Black Ops é a minha favorita dentro dos CoD, especialmente porque seus títulos costumam ir além do cerne de ação frenética pelo o qual a série é conhecida, trazendo várias ideias experimentais e que separam os Black Ops das demais vertentes. BOPS6 têm os modos já esperados de qualquer CoD: Campanha, Multiplayer e Zumbis. Mas há muitas, muitas surpresas em cada um e que tornam esse um pacote espetacular dentro da série.
A campanha é focada em um misterioso grupo chamado Panteão e que, de alguma forma, se infiltrou nos escalões mais altos dos serviços de espionagem americanos. O grupo de Troy Marshall, Russel Adler e Capitão Woods descobre sobre uma conspiração orquestrada pelo Panteão e reúnem um novo time de especialistas para descobrir exatamente quem são e o que pretendem.
A história em si tem um andamento muito bem planejado, algumas reviravoltas interessantes e um excelente diálogos por parte dos personagens. São conversas opcionais e curtas, mas que ajudam bastante a individualizar cada integrante da equipe e, além disso, as atuações de voz e animação estão excelentes. Como pano de fundo para a jogabilidade, a narrativa irá levar a equipe para vários locais ao redor do mundo e com objetivos bastante variados: Assassinatos, espionagem, infiltração e muito mais. O que diferencia Black Ops 6 é que muitas dessas missões dão liberdade para o jogador escolher como avançar nelas ou adicionam elementos que não são comuns à jogabilidade de um CoD.
Como exemplo, uma das missões no início do jogo requer assassinar um alvo que está para receber um contato do Panteão. O objetivo do jogador é chegar ao local preparado, escutar a conversa, matar o alvo e escapar. Uma sequência bastante comum em vários jogos de ação militar. O level design, no entanto, dá ao jogador diversas rotas para chegar aos objetivos e permite que o jogador avance de maneira completamente furtiva ou atirando em tudo e todos que encontrar.
Outro nível requer que a equipe destrua equipamento anti-aéreo do exército inimigo em várias localidades e, com isso, o jogador é solto em um pequeno ambiente de mundo aberto com objetivos principais e secundários. Os objetivos secundários fornecem vantagens como informação sobre a localização dos inimigos ou armamentos especiais que também podem ser utilizados na etapa seguinte da operação. Uma das minhas missões favoritas colocou uma pitada de Survival Horror ao título e particularmente achei incrível como utilizaram do molde de CoD para trazer experiências vastamente diferentes durante a campanha.
Certamente, nem todos os níveis irão agradar cada indivíduo, mas a rotatividade de ideias consegue manter os jogadores interessados na campanha do começo ao fim. A campanha também conta com alguns segredos e objetivos opcionais e, completando tudo, deve durar próximo a umas 10 horas. A longevidade do título, certamente, está no modo multiplayer e zombies.
Zombies é o modo cooperativo em que até quatro jogadores enfrentam ondas e ondas de inimigos que, gradativamente, vão ficando cada vez mais fortes e variados. É um modo bastante complexo com poderes especiais, bônus de pontuação e uma economia por partida que dá acesso a melhorias. É um modo bastante complexo e certamente pode render dezenas de horas para jogadores que decidirem se aprofundar nele.
O multiplayer, por sua vez, também conta com vários diferentes modos com o foco de se jogar junto a uma equipe. Uma das variações, por exemplo, escolhe um dos jogadores de cada time para ser o alvo prioritário e os integrantes devem decidir entre caçar o alvo inimigo ou proteger o alvo de seu time. São variações de modos interessantes e que também adicionam a progressão universal do modo de evoluir níveis conforme joga e, com isso, ir liberando mais opções de customização tanto visuais quanto de armamentos.
Como esperado da série, a jogabilidade de combate de Black Ops 3 está fenomenal. Comandos responsivos, várias opções para calibração das assistências, muita variedade de equipamento e que são drasticamente diferentes entre si e, também, um conjunto de movimentação (deslizes, mergulhos, entre outras ações) que não é exageradamente complexo, mas bastante útil saber utilizar bem.
O multiplayer competitivo, em especial, é um modo balanceado para que você rapidamente mate seus adversários e também rapidamente retorne ao combate após ser morto. Isso faz com que o tempo sem ação do jogador seja bastante curto e é muito bom para um shooter acelerado assim. O único ponto que achei negativo é que os mapas do multiplayer me pareceram grande demais para a quantidade de jogadores presente em cada mapa.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Activision.
Veredito
Call of Duty: Black Ops 6 tem uma campanha incrível, uma jogabilidade extremamente polida e modos multiplayer que fecham o pacote e dão longevidade para um título que vai ser jogado por muito tempo. É facilmente um dos meus favoritos da franquia até o momento.
Call of Duty: Black Ops 6
Fabricante: Treyarch / Raven Software / Outros
Plataforma: PS4 / PS5
Gênero: Tiro em Primeira Pessoa (FPS)
Distribuidora: Activision
Lançamento: 25/10/2024
Dublado: Sim
Legendado: Sim
Troféus: Sim (sem Platina no PS5; com Platina no PS4)
Veredict
Call of Duty: Black Ops 6 has an amazing campaign, an extremely polished gameplay, and multiplayer modes that round out the package and give longevity to a game that will be played for a long time. It’s easily one of my favorite titles in the franchise so far.