Existem muitos jogos de luta no mercado, mas a maioria que consegue se destacar ou é porque vem de uma série já consolidada ou por ser baseada em uma franquia famosa. São raros os casos em que algo original chama a atenção dos jogadores. Blazing Strike é exatamente isso: uma nova propriedade intelectual que busca conquistar seu espaço. Infelizmente, porém, não parece que vai conseguir fazer isso.
Blazing Strike não é um jogo ruim, mas é estranho e parece oferecer pouco conteúdo.
Primeiramente, vamos comentar sobre o gameplay em si – a parte mais importante de um jogo de luta. Os comandos são baseados em movimentos direcionais como a grande maioria dos seus concorrentes. A principal diferença é que temos um botão de corrida.
Esse botão de corrida, que possui uma barra de fôlego na parte superior da vida, permite que o personagem corra (obviamente), mas também tenha acesso a alguns golpes distintos. Um golpe especial com a corrida pressionada se transforma em EX, por exemplo. O maior problema é que, se essa barra se esgotar, o seu personagem fica tonto. Portanto, você precisa sempre tomar cuidado para que isso não aconteça.
De resto, Blazing Strike oferece o que você espera: alguns combos, golpes especiais e Supers. É difícil compará-lo com outros jogos, mas se ainda assim você quer saber o que me veio em mente ao jogá-lo, posso citar: Art of Fighting 3. O jeito dos bonecos se movimentarem e o sistema de golpes me lembra um pouco o jogo da SNK. Adicione a isso uma corrida de Mortal Kombat 3 mais desenvolvida e temos Blazing Strike (em minha visão).
O elenco de Blazing Strike é bem variado, tendo aqueles típicos personagens de jogos de luta: temos os “shoto” (Ryu/Ken da vida), os “grapplers”, uma “rushdown” que lembra a Cammy e assim por diante. Nesse aspecto, o jogo não decepciona. Mas, honestamente, o gameplay em si achei monótono.
Blazing Strike oferece um modo online com netcode via rollback. É um modo deserto, pois poucos jogadores estão investindo no game, mas o que pude jogar parece rodar bem.
Além do online, temos alguns modos como o Training Mode e o Arcade. Este último, aliás, é horrível. É basicamente você contra jogadores aleatórios da CPU – você é levado à tela de seleção e parte para o próximo oponente. Não há um “carinho” pelo modo, é simplesmente algo feito bem nas coxas para dizer que existe.
O Story Mode também não agrada. No início você até começa a se interessar por termos um estilo de história em quadrinhos para as cutscenes, mas logo começa a ficar sem graça e você só quer ver as lutas em si.
A história é até bem desenvolvida no começo: após sobreviverem a um evento apocalíptico, as ruínas da civilização humana estão em desordem. Neste mundo distópico controlado por um governo corrupto e homicida, um grupo de resistentes está pronto para lutar pelo povo. Mas o desenrolar dela é muito monótono.
Em outras palavras, Blazing Strike tem gráficos que agradam e um gameplay simples. Esse gameplay pode agradar um determinado público, mas a mim não desceu. Uma coisa que é um consenso, porém, são os seus modos de jogo: péssimos, principalmente para o jogador solitário.
Blazing Strike não é um jogo barato (200 reais ou 40 dólares, sendo que não há cross-buy – as versões de PS4 e de PS5 são vendidas separadamente). Pelo o que é oferecido, infelizmente não vale o preço cobrado.
Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela Aksys Games.
Veredito
Blazing Strike não é ruim, mas não consegue se destacar em um mercado tão competitivo como o de jogos de luta. Os personagens e os gráficos são bons, mas o gameplay não agrada muito e o modo história é péssimo.
Veredict
Blazing Strike isn’t bad, but it fails to stand out in a market as competitive as fighting games. The characters and graphics are good, but the gameplay isn’t very appealing and the story mode is terrible.