BATS: Bloodsucker Anti-Terror Squad – Review

Jogos de ação arcade tem constituído o estilo mais básico de títulos independentes lançados em plataformas digitais, especialmente desde o “boom” inicial de duas gerações atrás. Eles raramente são as coisas mais originais vistas por aí, mas costumam entregar bastante diversão para aquilo que se propõem.

É nessa vibe que B.A.T.S.: Bloosucker Anti-Terror Squad, novo título da Ritual Games, chega ao mercado. Prometendo ser um “Comandos em Ação com vampiros”, o jogo te coloca na “difícil” missão de completar cinco curtas fases lutando contra as forças da STING, uma organização terrorista liderada pelo Scorpion Supreme.

Cabe a você, no papel do intrépido Count Bloodvayne, acordado de seu sono eterno abaixo do Lincoln Memorial, partir em uma jornada para libertar os outros 4 membros da BATS e por um fim aos planos da STING. Qual o plano? Matar os membros da BATS na TV ao vivo em frente de toda a população mundial. Não é dos melhores planos.

BATS

A proposta de BATS é bem simples. São cinco fases distintas, cada uma subdividida em pequenos estágios que culminam em uma luta distintas com o Scorpion Supreme. Nas quatro primeiras, ao derrotar o vilão, você poderá desbloquear um dos outros membros da BATS para aquela mesma jogatina ou futuras sessões de jogo.

Mecanicamente trata-se de um jogo de ação e plataforma bem simples e bem desafiador, no qual você irá morrer várias vezes, sempre recomeçando do início daquela parte da fase onde você está. O jogo incentiva bastante tentativa e erro, te forçando a memorizar a ordem em que cada coisa acontecerá para melhor resolver cada situação.

É uma estrutura bem simples, mas bem divertida dentro da proposta do que o jogo quer entregar. As sessões são realmente desafiadoras e beiram a frustração em vários momentos, sem cair no péssimo território de se tornar “injusto”. Com um jogo que gira em torno exclusivamente de pular e atacar (e em raros casos esquivar), ele é bem responsivo e só em uma luta contra o chefe eu senti que os comandos estavam deixando a desejar.

BATS

Há também uma curiosa variedade entre os personagens, mesmo que os comandos deles sejam essencialmente os mesmos. Cada um deles possui uma habilidade especial chamada rampage que é ativada ao preencher a barra de Blood, o que é feito encontrando gotas de sangue pelas fases ou derrotando inimigos. Cada um dos personagens funciona diferente, mas todas elas maximizam sua velocidade e te ajudam a matar os inimigos de forma mais eficiente.

Caso você sofra dano, a barra é zerada, sendo possível recuperar uma pequena parte ao coletar o sangue que deixa o seu personagem (de forma bem parecida com os anéis do Sonic, por exemplo). Sofrer qualquer tipo de dano com a barra zerada significará a sua morte e, com isso, a necessidade de reiniciar a fase também com ela zerada (o progresso de uma fase para outra é carregado até você morrer).

Preencher essa barra acaba, então, se tornando um dos principais focos da exploração das fases e quase sempre há um verdadeiro custo/recompensa a ser medido, já que os locais onde você mais encontrará sangue também são os mais perigosos (e é onde você encontrará o morceguinho mascote do time que te dá uma “vida” extra). No entanto, a ativação do rampage realmente impacta muito o jogo.

BATS

Os demais personagens também oferecem opções de gameplay bem distintas e que servem como um bom incentivo para rejogar o título (além, é claro, dos troféus). Sgt. Sabre é um meio-humano, meio-vampiro estranhamente similar a um certo personagem da Marvel e conta com uma espada bem útil no combate contra inimigos e chefes.

Mitzie traz mais mobilidade graças a sua habilidade de voar. Rick Ghastly é um boneco-piada que anda com uma escopeta, mas extremamente inútil em combate e ainda pior contra chefes. Por fim, Nosferadude tem uma bomba que pode causar dano aos inimigos e drena mais sangue dos inimigos, o que te permite entrar no modo rampage mais rápido.

É uma pena que, salvo pela curiosidade de terminar as fases com diferentes personagens, as únicas outras opções de jogo existentes são um modo speedrun e um modo boss-rush. Ambos são bem similares ao básico do jogo, mas no máximo estendem uma experiência que dura pouco mais de uma hora para duas ou três, no máximo.

BATS

A verdade é que não há muito a ser falado sobre BATS. O jogo é tão direto em sua abordagem que é difícil elaborar mais sobre ele. É um jogo bem direto, inspirado por clássicos jogos de plataforma dos anos 80 e que diverte o jogador pelo pouco tempo que dura, ainda que nada nele realmente o faça se destacar no oceano de jogos similares.

O design das fases e dos inimigos não é dos mais criativos e a trilha sonora também é o exato estilo de chiptune que se espera de jogos inspirados por essa era dos videogames. Ao bater o olho em B.A.T.S: Bloodsucker Anti-Terror Squad você poderá ter uma boa ideia do que te espera e é exatamente isso que você terá.

Jogo analisado no PS5 com código fornecido pela One Eyed Robot.

Veredito

B.A.T.S.: Bloodsucker Anti-Terror Squad é um jogo divertido, mas extremamente limitado. A piada por trás do conceito cansa bem rapidamente, mas o gameplay se sustenta pela curta duração, ainda que não exista praticamente nada a se fazer após completar a campanha.

60

BATS: Bloodsucker Anti-Terror Squad

Fabricante: Ritual Games

Plataforma: PS4

Gênero: Ação

Distribuidora: Interabang Interactive

Lançamento: 20/10/2021

Dublado: Não

Legendado: Não

Troféus: Sim (inclusive Platina)

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Veredict

B.A.T.S.: Bloodsucker Anti-Terror Squad is a fun game, but extremely limited. The joke behind the concept wears out very fast, but the gameplay sustains itself through its short duration, even if there’s nothing else to do after finishing the campaign.