Jogos de zumbis/infectados são uma constante na vida dos jogadores. Resident Evil, House of the Dead, The Last of Us, Days Gone e o World War Z, são apenas alguns exemplos do que temos no mercado. Porém, mesmo que a base seja semelhante, o produto, definitivamente, não é.
Se você já teve contato com Left4Dead, lançado para Xbox 360 em 2008, sabe que a premissa do jogo é focada em cooperar com seus amigos para matar hordas enormes de zumbis. World War Z busca trazer a mesma sensação que o título de quase 10 anos atrás, mas deixa a desejar em muitos pontos técnicos.
Vem conferir nosso review de World War Z para saber se as grandes hordas de infectados vistas no livro/filme são realmente divertidas de se enfrentarem.
World War Z é o típico jogo que começa sem introduzir absolutamente nada ao jogador. Embora alguns dos jogadores já tenham tido contato com o filme/livro em algum momento, é crucial apresentar o mínimo do enredo para o entendimento básico. Do contrário, torna-se apenas mais um título genérico de matança desenfreada.
Os infectados desse mundo apocalíptico nasceram por causa de um vírus. Espalhando-se de forma descontrolada, as pessoas no mundo inteiro começaram a apresentar sintomas de agressividade e canibalismo. Logo, descobriu-se que a doença era transmitida através do contato (mordida), o que deixava os portadores em uma espécie de “transe”.
A apresentação do vírus é o máximo que você vai receber do jogo. É tudo tão rápido e frenético, que ele contém apenas quatro episódios com três capítulos cada (exceto o último), e narra as diferentes perspectivas dos personagens disponíveis. Ao fechar o capítulo com um dos sobreviventes, um vídeo bem curto contando sua história é habilitado na aba “coleção”.
Tendo como base a grande quantidade de infectados do livro, o jogo busca reproduzir isso de forma fiel. Em partes ele até consegue, porém, não espere muita coisa. Afinal, são centenas de milhares de objetos aparecendo simultaneamente, obrigando que grande parte dos zekes sejam descartados “no ar” após serem derrotados.
Assim como Left4Dead, o título tem como prioridade o multiplayer. É possível jogar offline, no entanto, a dificuldade é tão insana que até mesmo o modo fácil se torna difícil depois que você é cercado pelos comedores de cérebro.
O matchmaking do título é ótimo, e em todos os momentos em que ele fez todo o trabalho, não desapontou. É muito fácil encontrar partidas, mas é preciso ficar atento ao nível dos participantes da rodada, que pode dificultar e muito o gameplay.
As partidas online entre amigos são as meninas dos olhos no jogo. Jogar com amigos torna tudo tão mais divertido e interessante, que você simplesmente esquece dos problemas técnicos que rondam os mapas. Além disso, com um grupo conhecido é possível criar estratégias mais elaboradas e eficazes.
Para facilitar a vida do jogador, é possível encontrar baús que recarregam completamente a munição. Embora pareça um tipo de “mamata”, os produtores enxergaram a dificuldade que seria derrotar as hordas de inimigos sem esses pontos de carregamento.
Um dos (vários) pontos negativos de World War Z está na ausência de checkpoints. As fases não são tão longas, porém, tendo em vista a grande quantidade de infectados, morrer torna-se uma constante. O tempo de ressurreição é demorado e caso todos os integrantes sejam abatidos, é preciso reiniciar o episódio do zero. Uma verdadeira aula de paciência.
E como se não bastasse a ausência dos pontos de retorno, a produtora também resolveu não implementar um sistema de “chega pra lá”. Há dois tipos de infectados que te agarram, no entanto, só é possível se livrar deles com a ajuda de um amigo. O jogo não permite que você escape e, por vezes, esse acaba sendo o motivo da morte.
Para amenizar a dificuldade, o jogo disponibiliza um sistema de aprimoramento de armas e skills. A cada missão concluída e nível adquirido, você ganha suprimentos e desbloqueia uma habilidade, respectivamente. As armas também ganham XP, porém, em determinado momento elas param de adquirir experiência, sendo necessário jogar em dificuldades mais elevadas para que continuem a evoluir.
Além do modo tradicional (PvE), existe também o multiplayer (PvP) com diversas opções de jogo. O sistema de classe aqui funciona como no modo história, porém, você tem a seu dispor diversas outras novas, como Assassino e Fantasma, por exemplo.
Uma das facilidades do modo PvP está no fato de que você não pega armas extras nas partidas. Embora possa parecer falho, esse sistema deixa tudo muito mais equilibrado, impedindo que alguém surja, do nada, com flechas explosivas, por exemplo. Mas para compensar, é possível pegar a arma pesada (também disponível no modo história), que dura apenas alguns minutos.
Como parte do modo multijogador, você não encara apenas outros players, mas também hordas de Zekes. Elas surgem de acordo com o nível do barulho e podem invadir qualquer canto do mapa. Diferente do tempo de ressurreição no PvE, aqui as coisas são bem mais dinâmicas e você consegue aproveitar muito bem cada minuto.
No lançamento, o jogo dava muitos crashes, transformando uma simples partida na própria Guerra Mundial Z. Porém, esse e outros bugs foram corrigidos com a recente atualização de 23 GB. Ainda não há previsão de lançamento do próximo episódio.
Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela Saber Interactive.
Veredito
World War Z possui muitos problemas técnicos que podem ser resolvidos com as futuras atualizações. Porém, mesmo com defeitos, é uma excelente opção para jogar com os amigos.
Veredict
World War Z has a lot of technical issues than could be solved with some updates. But if you have a group of friends to play with, the game can be very enjoyable.