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Análise – The Liar Princess and the Blind Prince

A Nippon Ichi Software, produtora da série Disgaea, acertou neste pequeno jogo, que conta a história de uma Loba que cantava bem, e de um príncipe enganado.

Usotsuki Hime to Mōmoku Ōji é o nome original deste singelo game, feito com desenhos à mão, em estrutura 2D, quadro a quadro. Sayaka Oda é a designer do jogo. Ela era web designer, e ao participar do concurso anual de design da NIS, ilustrou seu talento, o jogo The Liar Princess and the Blind Prince foi criado e é tratado como ouro pela desenvolvedora.

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A história é singela e lembra o conto da Pequena Sereia. Uma loba cantava na floresta todos os dias. Um príncipe que morava no castelo nas redondezas adorava o canto, mesmo sem saber de onde vinha. Até que um dia ele resolve procurar pela bela voz. No meio da floresta, o príncipe chega perto da voz e tenta alcançá-la. A loba fica muito assustada e envergonhada do príncipe descobrir que ela é apenas uma loba. Por instinto, fere o rosto do príncipe com as garras, e ele cai cego. Por ter se tornado um fardo para a família real, o pequeno herdeiro do castelo está confinado em um cômodo e a loba fica desesperada para ajudar, principalmente quando descobre que o deixou cego. Para ser útil,  vai em busca de bruxa da floresta e dá sua voz em troca da possibilidade de se tornar humana quando quiser, para assim ajudar o príncipe e tirá-lo do confinamento.

Ao se transformar em humana toma a forma de uma doce garota, que pode facilmente passar por lugares estreitos e consegue segurar a mão do pobre príncipe,  guiando-o pela floresta e para ser curado pela bruxa. Quando precisa usar força bruta e combater os animais estranhos da floresta, se transforma em loba e resolve puzzles com a ajuda do garoto, que não faz ideia de quem o cegou, de quem era a doce voz que cantava, e de quem é na verdade a doce garotinha, que se intitulou uma princesa de um reino distante.

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A jogatina segue por meio de puzzles no meio da floresta, bem leves e sem dificuldade, com músicas suaves e lúdicas. A história fica bizarra em alguns pontos, quando a garota resolve se alimentar de carne crua (uma loba, oras), ou quando o príncipe desconfia do que está acontecendo ao seu redor.

Se continuar contando, chegarei nos spoilers. Mas a história segue no que queremos saber: se ela vai contar a verdade, que é uma loba, e que cegou o príncipe; e se o mesmo vai sobreviver na floresta, e perdoar.

Os botões de movimentos são práticos e você também comanda o príncipe. É necessário pressionar “quadrado” para segurar na mão do garoto e levá-lo pelo mapa. É um processo cansativo, apesar de dar o “tchan” de levar o príncipe, pois toda ação com os 2 personagens precisa apertar mais de um botão simultâneo, mas nada que afete realmente a jogabilidade. O jogo pode ser concluído em 5 horas e até o momento não consegui calcular quais situações podem dar game over (matar um dos personagens), visto que às vezes pular uma mesma distância poderia ser morte certa. Assim como alguns monstros que ficavam travados no próprio percurso e não morriam. Mas nada que tire o charme do jogo.

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O visual é um pouco dramático e o início tem uma narrativa muito longa, como se fosse contada em um livro, com páginas virando e leves animações. No gameplay acima, há praticamente 20 minutos de história narrada, com 10 primeiros minutos do jogo em si. E isso faz The Liar Princess and the Blind Prince tão especial: você fica cativado pela história e pela necessidade de guiar uma situação incerta. E, conforme conclui os níveis, é notável a mensagem que o jogo passa: os diferentes jeitos de enfrentar a mesma situação.

Ficou preso em um puzzle ou bug? É possível pular ou reiniciar o nível, sem perder cutscenes. Há também um ou outro colecionável, que pode ser usado para desbloquear contos paralelos, ao presentar o príncipe com uma flor da floresta. Por fim, é um jogo simples, mas envolvente e carismático e que pode ser jogado por qualquer um, visto que não tem dificuldade nos puzzles. Acesse o site interativo, e conheça mais sobre este jogo.

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Veredito

The Liar Princess and the Blind Prince é um jogo que deveria ter vindo antes ao Ocidente. Passa uma mensagem simples, mas muito cativante, e faz o gameplay ser tranquilo, sem a pressão de conclusão. A curiosidade para descobrir o desfecho do conto foi a motivação maior, para entender como duas pessoas tão distintas, que cometeram erros, podem se aproximar e corrigir as imperfeições.

Jogo analisado com código fornecido pela NIS America.

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Veredito

80

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Veredict

Verdict: The Liar Princess and the Blind Prince is a game that should have come before to the West. It passes a simple but very catchy message, and makes an easy gameplay, without the snapping pressure. The curiosity to discover the outcome of the tale was the greater motivation, to understand how two people so different, who made mistakes, can approach and fix the imperfections.