Análise – Planet Alpha

Algumas pessoas já devem ter tido o sonho de acordar em um planeta distante, totalmente sem saber como chegou até ali e começar uma busca pelo desconhecido. Se você faz parte desse grupo, Planet Alpha, novo jogo em plataforma 2D da Planet Alpha ApS irá colocá-lo nessa situação.

A história de Planet Alpha é estranha num primeiro momento. Você simplesmente se levanta e começa a caminhar em um planeta desconhecido, como se estivesse em busca de algo ou aparentemente tentando explorá-lo ao máximo. Ao mesmo tempo em que a aventura se inicia, é possível perceber que uma batalha entre diferentes raças alienígenas está começando a acontecer no planeta.

Esse achismo acontece pela falta de narrativa ou introdução que o jogo apresenta. Mas isso de forma alguma é ruim e acontece de forma até recorrente em alguns jogos como, por exemplo, a franquia Unravel, onde o personagem se movimenta ao longo do cenário e, aos poucos, o jogador acaba entendendo o enredo em si.

Planet Alpha possui gráficos lindos já nos seus primeiros minutos. O jogo apresenta um detalhamento incrível nesse quesito, além de ser extremamente colorido ao ponto de, em alguns minutos, fazer o jogador desejar largar o controle e apenas apreciar os cenários.

O mundo de Planet Alpha é tão bonito que é possível compará-lo ao filme Avatar, dada sua temática e ambientação. E por falar em ambientação, o jogo consegue causar esse sentimento ao jogador não só pelo seu mundo parecer vivo, graças ao número de elementos como as folhas de árvores e arbustos em constante movimento, mas também pelas criaturas que habitam o planeta, visto que elas se movimentam de uma forma bem natural.

O jogo também traz um ótimo sistema de câmera que acaba ajudando a ter uma sensação de escala. A câmera se distancia do personagem principal para focar no todo do cenário, fazendo com que assim seja possível enxergar muito mais do que é visível aos olhos naquele determinado ponto. Isso faz com que o cenário ao fundo ganhe proporções ainda maiores e, com toda a ação acontecendo ao fundo, tudo fica mais vívido e interessante.

Entretanto, em alguns momentos essa escala atrapalha um pouco a jogabilidade de Planet Alpha. Ao entrar em locais com arbustos um pouco mais altos que o normal, ou até mesmo em outros locais do jogo, o personagem acaba ficando muito pequeno e desaparece no meio de tantos elementos ali presentes, ficando quase que impossível de saber o que está realmente acontecendo com ele ou o momento correto de pular de uma plataforma para a outra.

Em se tratando de jogabilidade, Planet Alpha é bem simples. Você irá caminhar ao longo dos cenários e precisará de apenas 4 botões para conseguir terminar sua missão, sendo o X para fazer o personagem pular e o quadrado para interagir com alguns objetos.

Além de obstáculos a serem vencidos pulando, o jogador pode puxar ou empurrar uma pedra para alcançar um local mais alto, o jogo se utiliza de puzzles para deixar a experiência mais difícil, mas acaba falhando ao mesmo tempo, visto que tais desafios são bem simples de serem resolvidos.

O grande ponto da jogabilidade se dá ao utilizar o dia e a noite para resolver certos enigmas para, assim, você conseguir seguir em frente. Em determinados momentos do jogo, uma plataforma pode estar inalcançável em função da limitação da distância a ser alcançada pelo pulo do personagem. Então, ao encontrar altares ao longo do cenário, o jogador pode utilizar o R2 ou L2 para avançar ou retroceder as horas, trazendo o dia ou a noite. Dessa forma, diversas mudanças ocorrem no cenário, ao ponto de aproximar e/ou distanciar plataformas.

Jogo analisado com código fornecido pela Planet Alpha ApS.