Análise – Blast Zone! Tournament

Com o crescimento dos dos jogos independentes, uma série de jogos clássicos viram releituras ou “homenagens” a medida em que fãs da mídia se tornaram desenvolvedores capazes criar seus próprios jogos, muitas vezes inspirados pelo que os fizeram se apaixonar por ela. Blast Zone! Tournament,ou como ficou chamado em português Stronda! Torneio, é uma justa homenagem a um dos primeiros Party Games e um dos que mais destruiu amizades nos anos 80 e 90: Bomberman.

Como sua inspiração, o jogo da Victory Lap Games (que é, na verdade, o terceiro jogo desse gênero produzido pelo estúdio, mas o primeiro a chegar ao PlayStation 4) coloca o jogador em uma arena com um único objetivo: ser o último sobrevivente. Você fará isso explodindo seus adversários e blocos, coletando power-ups para que lhe darão mais bombas para usar e darão mais poder para elas e algumas habilidades para chutar, arremessar ou socar as suas bombas.

Blast Zone! Tournament

Isso tudo soa bastante similar a inspiração principal do jogo e é. Em todos os mínimos detalhes em que o jogo funciona, dos power-ups (cuja única diferença-chave é que alguns deles tem limite de uso) ao combate e movimentação em si, de ir até um determinado quadrante do mapa, colocar uma bomba e ter que sair do raio dela para não morrer. Até mesmo os efeitos sonoros, se você fechar os olhos e se distrair um pouco vão te fazer confundir os dois jogos. Isso não é necessariamente algo ruim, já que a estrutura básica de gameplay adotada por BZT é bastante sólida e rende várias e várias horas de diversão.

Essa diversão vem, em sua maior parte, dos modos multiplayer, dos quais o jogo possui uma grande variedade. Enquanto existem sete temáticas distintas para os mapas, a variação dessas temáticas é enorme (segundo a desenvolvedora, seriam 283 variações totais dos mapas), se adaptando aos vários modos presentes, tanto para multiplayer online quanto local (ou uma combinação entre ambos), algo importante por BZT contar com a possibilidade de até 32 jogadores se enfrentarem ao mesmo tempo em um dos seus 10 modos diferentes.

Blast Zone! Tournament

Cada um desses modos traz algo distinto e uma forma diferente de se alcançar a vitória, desde os tradicionais modos de batalha livre e em equipe, nos quais vence quem for o último sobrevivente ou a equipe com o último sobrevivente, até o modo tesouro, onde é necessário acumular mais moedas, o modo Bomb Blast onde o que importa é a quantidade de quadrados pintados da cor do jogador/equipe e não as mortes e vários outros, sendo possível ainda alterá-los com vários modificadores que dão uma vasta gama de customização a forma como as partidas são disputadas.

Estes modos funcionam consideravelmente bem online, sem maiores engasgos que prejudicassem a experiência e há uma série de diferentes opções para interação entre os jogadores, incluindo tabelas de líderes, parties e outras coisas do gênero. É importante dizer que a Victory Lap Games promete crossplay pro jogo, algo que facilitaria o preenchimento dessas sessões com muitos jogadores, apesar de ser difícil saber exatamente como isso funcionará diante das atuais políticas da Sony em relação a isso.

Blast Zone! Tournament

Em complemento ao multiplayer, Blast Zone! Tournament conta também com uma campanha singleplayer relativamente robusta. A história é bem simples, com o jogador sendo um competidor no reality show que dá nome ao jogo (Blast Zone!) e cada um dos temas de mapa presentes representando uma das temporadas dele. Ao terminar cada uma delas, o jogador recebe pontos de experiência e pontuação da fase, com o primeiro indo para uma sistema de níveis que destrava novas customizações para o personagem e o segundo para um ranking geral dos jogadores, além de destravar um segundo nível para aquela fase (e eventualmente um terceiro ao completar a fase em sua segunda variação).

Ao todo, isso significa que o modo história conta com 240 fases diferentes, apesar de a forma como elas são destravadas ser um pouco confusa e a variação dos desafios não ser tão grande assim, é uma forma de prover mais conteúdo para o jogador e são mais uma forma de ganhar níveis para desbloquear mais itens para customização. Essas opções variam entre chapéus, cores de pele, cabelo, novas roupas e poses, sendo desbloqueadas através de um sistema bem confuso de lootboxes, que não conta nem com um efeito mais elaborado para minimizar a chatice de ficar abrindo elas e a variedade enorme de conteúdo não esconde o design genérico das roupas e dos personagens.

Ao se jogar Blast Zone! Tournament/Stronda! Torneio, fica claro que o grande objetivo da Victory Lap Games foi oferecer uma quantidade robusta de conteúdo aos jogadores. O grande problema disso é que, por mais que eles tenham tido sucesso nesse aspecto, o resto do jogo parece genérico, sem muita inspiração, pegando muitas ideias emprestadas de outros jogos. É inegável que é possível se divertir bastante com ele, mas a sensação que fica é de que o jogo poderia ser muito melhor e mais original do que ele é.

Blast Zone! Tournament

Veredito

Apesar de ser um jogo divertido, principalmente em seu modo multiplayer, Blast Zone! Tournament se diferencia muito pouco das suas inspirações, optando por praticamente copiar o que dá certo nelas, sendo no máximo mediano no que traz de novo ou diferente.

Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela Victory Lap Games.

Veredito

65

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Veredict

Despite being a fun game, specially on the multiplayer mode, Blast Zone! Tournament does very little differently from its inspirations, choosing to basically copy what works on them, and considering what it brings of new features, its doesn’t impress too much.