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Análise – Anyone’s Diary

Desenvolver um jogo é uma tarefa extremamente árdua e mesmo equipes profissionais possuem dificuldade durante seu processo produtivo para entregar algum título. Por conta disso, a Sony criou o projeto Playstation Talents, que visa oferecer suporte para desenvolvedores independentes ao redor do mundo. Um dos frutos dessa iniciativa é Anyone’s Diary, que chega de forma exclusiva ao PlayStation VR.

Concebido pela World Domination Project, Anyone’s Diary é um divertido jogo de plataforma 3D com elementos de puzzle que nos coloca no controle de um pequeno homem (ou mulher) sem rosto. Ele é o “Anyone” (qualquer um, em Português), o pequeno protagonista de nossa narrativa e, assim como o título sugere, faremos uma longa jornada através de seu diário, passando pelos acontecimentos mais impactantes de sua vida.

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O enredo é contado através dos próprios elementos do cenário em conjunto com pequenas animações in-game, que dado ao estilo visual empregado no título, se assemelham à uma pequena peça de teatro. Não existem diálogos, sejam falados ou escritos, motivando o jogador a tirar suas próprias conclusões dos acontecimentos. A ideia aqui é que literalmente temos um diário que pode pertencer a qualquer um, já que a experiência varia de pessoa para pessoa. Ainda assim, a narrativa carrega consigo reflexões profundas sobre temas como depressão, ansiedade, melancolia e solidão.

O jogo possui um gameplay simples e intuitivo que, no comando de Anyone, podemos realizar comandos básicos de jogos de plataforma, como andar e saltar. Assim como em Moss, somos uma espécie de entidade no universo do game e podemos usar nossos poderes para mover os objetos e partes do cenário. Dessa forma, podemos criar plataformas, desobstruir trajetos e gerar novos caminhos para que nosso personagem passe em segurança. Infelizmente, não há muita variedade no gameplay e os puzzles não oferecem muito desafio ao jogador. Por conta disso, o jogo se torna repetitivo ao extremo, principalmente em seus trechos finais.

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A posição da câmera é completamente ajustável, o que nos permite apreciar o título de múltiplas perspectivas, como por exemplo uma visão isométrica ou 2,5D. Alguns puzzles inclusive exigem o uso desse recurso para serem solucionados. Infelizmente, a manipulação da câmera não é tão precisa e a velocidade com que se move pode facilmente causar tonturas e enjoos.

Apesar de possuir suporte para o controle DualShock 4, é inteiramente recomendável que se utilize um par de PlayStation Moves para aumentar a imersão e assim, ter uma melhor experiência. Com os Moves em cada mão, podemos manipular os objetos de forma simultânea e mais livremente, além de termos uma melhora significativa na movimentação da câmera, sendo que podemos literalmente nos “arrastar” pelo cenário, diminuindo as chances de possíveis efeitos colaterais durante o uso do headset VR.

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Os gráficos do jogo são relativamente simples, mas ainda assim possuem seu charme, graças ao trabalho da direção de arte. Todos os ambientes parecem feitos de folhas arrancadas de um diário ou páginas de um jornal, lembrando um pouco o que é visto em Drawn to Death. Entretanto, aqui temos um visual mais minimalista, que abusa de sombras escuras para criar belíssimos contrastes. A trilha sonora, por sua vez, não possui muito destaque e oscila entre melodias com um toque de jazz e sinfonias com um ritmo mais acelerado.

Veredito

Anyone’s Diary é uma excelente adição ao catálogo de jogos do PlayStation VR graças ao seu visual artístico e a sua proposta. Entretanto, por conta de sua curta duração, gameplay repetitivo e falta de desafio, sua experiência é prejudicada.

Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela World Domination Project.

Winz.io

Veredito

70

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Anyone’s Diary is a great addition to the PlayStation VR game catalog, thanks to its artistic look and its proposal. However, because of its short duration, repetitive gameplay and lack of challenge, its experience is impaired.