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Análise – Pode

Jogos com gráficos que apelam para algo mais artístico, têm estado em alta nos últimos tempos. Desde o lançamento de Journey e Unravel, outros títulos conquistaram os corações dos jogadores com suas belas artes, como o recente GRIS, por exemplo.

Para aumentar a família no mundo das artes, a Henchman & Goo trouxe o jogo Pode, título de puzzle que conta com um estilo gráfico brilhante e elementos que farão você se perguntar o porquê de ele nunca ter sido lançado anteriormente.

Se você é do tipo de jogador que adora quebrar a cabeça em um ambiente fofo e agradável, acompanhe nossa análise de Pode e saiba se ele vale o seu investimento.

Pode
Embora possa parecer nonsense a relação dos dois, o título consegue dar sentido à história. Fonte: PS4 Share

Pode é um título de puzzle com a história mais simples (e fofa) possível. Uma estrela cadente acaba batendo em uma enorme pedra por acidente, impossibilitando sua volta para casa. Porém, um pedaço de rocha aparece e se dispõe a ajudá-la a voltar para seu lar. Mas para que isso aconteça, será preciso encarar diversos quebra-cabeças dentro de um tipo de torre para chegar ao topo.

Os puzzles são bem simples e abusam das habilidades de cada um dos personagens. Enquanto a rocha consegue segurar objetos (e a própria estrela) com a boca  e arremessá-las para alcançar outros níveis, a pequena brilhosa utiliza sua luz para criar plataformas e fazer plantas crescerem.

Durante toda a aventura, será preciso alternar entre ambos para solucionar os puzzles. Em determinado momento, é possível usar seus poderes combinados para que certos objetos do cenário floresçam. Isso lembra muito a deusa Amaterasu em Okami, que faz flores crescerem por onde passa.

Pode
A rocha consegue usar sua aura para ativar switches. Fonte: PS4 Share

Embora o título seja bem simples, há momentos que fazem você rodar para achar a solução e, no fim, trazem o pensamento de “nossa, não acredito que era algo tão bobo” à tona. Para amenizar a dificuldade, é possível chamar um segundo jogador para ajudá-lo, tornando o ato de controlar dois personagens distintos o menor dos problemas.

Os cenários são extremamente coloridos e muito bonitos. Ver todas aquelas plantas e pedras crescerem faz você ficar bobo com tamanho cuidado. Porém, a beleza tem um custo, e ela vem em forma de travadas e comandos que não respondem corretamente o tempo todo.

Quando há muitos elementos no cenário, o jogo dá leves travadas. Claro, nada grave a ponto de jogar o título no abismo, mas em determinados momentos foi necessário sair da área para começar o puzzle do zero. Além disso, a estrela e a rocha possuem uma jogabilidade um pouco “rústica” quando estão andando de mãos dadas. A melhor opção é caminhar individualmente, mas é importante enfatizar que haverão diversos momentos em que os dois precisarão ficar juntos para resolver os quebra-cabeças.

Pode
Determinados objetos só florescem quando a aura de ambos é combinada. Fonte: PS4 Share

Pode conta com oito cavernas recheada de puzzles. Algumas delas possuem mais cenários que outras, porém, o objetivo é o mesmo: chegar ao fim, pegar a semente e fazer a árvore da área principal crescer o suficiente para alcançar o topo da rocha.

Caso você saiba exatamente o que está fazendo, é possível zerar Pode em até cinco horas. Os trophy hunters podem não se agradar com a ausência de uma platina e da facilidade de conquistar os troféus existentes. Por outro lado, ele acaba sendo uma boa pedida para os jogadores que gostam de algo mais descompromissado, divertido e emocionante.

Veredito

Embora Pode tenha seus problemas técnicos, é possível divertir-se com o título. Mesmo sendo um jogo fácil e curto, a relação entre a rocha e a estrela cadente consegue comover até o mais gelado dos jogadores.

Jogo analisado no PS4 padrão com código fornecido pela Henchman & Goon.

Veredito

85

Rui Celso

Jornalista que decidiu se aventurar no mundo gamer desde o tempo em que as revistas eram a principal fonte de informação deste mundo do entretenimento. Hoje eu expandi meu universo e também faço parte do backstage deste universo atuando como Assessor de Imprensa. Só pra constar: Paper Mario é o meu jogo favorito da vida.

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