The Crucible foi um conteúdo adicional centrado na experiência de combate de Darksiders 3, ao passo que o novo DLC foca especialmente nos puzzles. Trazendo uma aventura mais diversificada que o pacote anterior, mas não necessariamente melhor, Keepers of the Void pelo menos introduz boas recompensas ao arsenal de Fury.
Trata-se de um arco paralelo à história principal, que deve ser encarado como uma extensa sidequest e não uma expansão de fato. Os eventos de Keepers of the Void se passam nas Serpent Holes e são iniciados após conversar com Vulgrim. O demônio mercante relata a chegada de uma nova ameaça no local e cabe a Fury investigar e destruir os supostos invasores.
A estrutura dos cenários é usualmente bem simples e a ambientação não impressiona. Há caminhos e salas secretas com boas recompensas, inclusive melhorias exclusivas para se equipar nas armas de Fury. Falando no arsenal da protagonista, Keepers of the Void inaugura quatro novas armas com movesets exclusivos, agregando bastante valor ao combate do jogo. O DLC também introduz novas armaduras, inclusive a clássica abyssal armor.
Assim como o cenário, os inimigos também possuem uma característica insossa. Keepers of the Void não exibe um conteúdo com muita personalidade e não se destaca no quesito artístico ou visual. Há pouca variedade de inimigos e os chefes são muito repetitivos, portanto, o combate não proporciona uma experiência agradável.
A nova aventura de Fury ao menos conta com alguns bons puzzles e enigmas. Será necessário usar todo o arsenal de magias Hollow, por isso é preciso chegar bem perto do fim da campanha original de Darksiders 3 para prosseguir no DLC. Os serpent holes são estruturados em quatro regiões, com desafios correspondentes aos poderes Hollow de Fury. Ainda que existam bons puzzles em Keepers of the Void, muitos são ideias repetidas do jogo base.
O DLC não traz uma narrativa aprofundada, em virtude da limitada interação de Fury com outros seres. Apenas Vulgrim fornece detalhes sobre a situação das Serpent Holes e vale ressaltar que a sincronia labial continua terrível. Nos chefes, há basicamente monólogos da protagonista.
A quantidade de conteúdo é boa para um pacote de apenas 13 dólares, mas a jornada fica entediante em pouco tempo. Situados em arenas vazias e retangulares, os chefes decepcionam. São muito parecidos uns com os outros e não chegam perto do capricho empregado nos sete pecados capitais.
Jogo analisado no PS4 Pro com código fornecido pela produtora.