Activision Blizzard

A Comissão de Oportunidades Iguais de Trabalho dos Estados Unidos (EEOC na sigla em inglês) se juntou a série de órgãos americanos movendo processos contra a Activision Blizzard nesta segunda-feira, alegando que a publisher submeteu os seus funcionários a assédio sexual, discriminação por gravidez e/ou retaliações relacionadas.

A EEOC, em suas declarações iniciais, apontou que sua investigação da Activision Blizzard começou em setembro de 2018. A comissão alega que “alguns empregados reclamaram de assédio sexual” e que a Activision Blizzard “sabia ou deveria saber” dessas reclamações, mas que a empresa “deixou de tomar medidas corretivas ou preventivas. Uma vez que os Acusados sabiam ou deveriam saber do assédio sexual [eles] deixaram de tomar ações corretivas efetivas e imediatas razoavelmente calculadas para acabar com o assédio.”

O processo movido pela EEOC é diferente do processo movido pelo Departamento de Justiça Empregatícia e de Moradia (DFEH) da Califórnia em julho deste ano ou da recém-anunciada investigação movida pela Securities and Exchange Comission (SEC).

A Activision Blizzard anunciou logo após o ajuizamento da reclamação que chegaram a um acordo com a comissão “para resolver as alegações e fortalecer as políticas e programas para previnir assédio e discriminação no local de trabalho na empresa”.

Como parte do acordo, a Activision Blizzard disse que se comprometeu a estabelecer um fundo de 18 milhões de dólares “para compensar e fazer justiça para os reclamantes elegíveis”. O dinheiro não utilizado para compensar financeiramente reclamantes irá para “caridades que apoiam mulheres na indústria dos videogames ou promovem maior consciência sobre questões envolvendo assédio e igualdade de gênero bem como iniciativas de diversidade, igualdade e inclusão nas empresas, conforme aprovado pelo EEOC”, a publisher disse.

Esse acordo vem logo após a declaração do CEO da Activision Blizzard, Bobby Kotick, na semana passada que disse que a companhia estava “se comunicando com os reguladores”, incluindo o EEOC, o Conselho Nacional de Relações de Trabalho (que acusou a companhia de violar leis federais de trabalho em outra reclamação), e o DFEH da Califórnia “com o objetivo de melhorar suas políticas e procedimentos no ambiente de trabalho e garantir que estão de acordo com a legislação”.

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