Na última vez que ouvimos algo sobre Path of Exile 2, o título estava recebendo sua primeira grande atualização trazendo uma nova classe e diversas outras melhorias baseadas em pedidos dos jogadores.
Agora, mais de seis meses desde o seu lançamento, a Grinding Gear Games lança The Third Edict, um patch ainda maior que promete trazer ainda mais desejos da comunidade, rebalancear e ampliar builds, diversificar o endgame, uma nova estrutura para a campanha e finalmente sua primeira liga, Rise of the Abyssal.
A grande estrela da vez vem justamente através da nova temporada, algo que é de praxe para a maioria dos jogos do gênero. Durante a jornada, os jogadores vão encontrar fissuras na terra que vão liberar o caminho para que novas ameaças surjam das profundezas em troca de melhores espólios.
Se isso soa parecido para quem já jogou o Path of Exile original é porque Rise of the Abyssal é justamente uma continuação de uma liga anterior apropriadamente chamada de Abyss.
Dito isso, diferente do sistema original, o retorno dessa mecânica chega com algumas reviravoltas.
O jogador ainda vai perseguir abismos enquanto explora os mapas em busca de mais desafios, mas a maior novidade aqui é a possibilidade corromper os próprios espólios.
Ao sacrificar um equipamento para o abismo, ele retorna o armamento com a possibilidade de escolher um entre três novos efeitos, ampliando ainda mais as possibilidades de crafting do jogo.
É possível até mesmo mergulhar nas profundezas caso tenha um certo tipo de ‘’dedo’’ mas ainda não se sabe que tipo de vantagens essa loucura pode trazer.
As mudanças na campanha não param por aí, com a chegada do quarto ato da história a progressão até o endgame também vai passar por algumas alterações.
O novo capítulo da campanha vai dar aos exilados a chance de viajar até o arquipélago de Ngamakanui e explorar qualquer uma das suas oito ilhas na ordem que quiser.
Com uma campanha ainda maior, foi necessário realizar algumas outras mudanças.
O sistema de dificuldades (à la Diablo II) volta a ser aposentado, agora concluir a história serve como porta de passagem para os Interlúdios, séries de mapas com histórias opcionais e que vão preparar os exilados para os maiores desafios de Path of Exile 2.
São 19 novas áreas e diversos chefes que prometem não só novos espólios, mas também enriquecer a variedade de encontros no endgame.
Com tantos novos desafios chega finalmente a hora dos exilados receberem melhorias.
Além das dezenas de melhorias para as habilidades antigas, todo lado ‘’ação’’ do título recebeu uma atenção mais especial, deixando o combate mais fluido.
Mercenários andar mais rápido enquanto recarregam as balistas, Caçadoras e Guerreiros conseguem aparar e bloquear inimigos com mais facilidade, a Feiticeira consegue mesclar magias dependendo do seu kit em batalha e por aí vai.
Um dos maiores desafios de PoE2 até o momento tem sido justamente equilibrar os dois lados da mesma moeda. Como exigir que os jogadores se sintam mais a vontade de explorar a nuances de um combate mais refinado se muito dele ainda é simples e parece ter as raízes num design mais tradicional?
Quando perguntamos sobre a motivação dessas mudanças, Jonathan Rogers nos disse que apesar de não querer atingir o mesmo nível de frenesi do jogo original, o objetivo é dar para o jogador aquela sensação de se sentir um ‘’deus’’ com o decorrer da campanha.
Com um combate mais mecânico é possível que os jogadores se sintam mais a vontade de lidar com alguns momentos que previamente eram mais frustrantes, fazendo com que muito das decisões do título sejam mais bem apreciadas.
Agora também é (finalmente) possível correr, diminuindo os longos períodos de transição pelos mapas onde você ficava perdido sem saber onde o portal ficava ou até mesmo escapar de algumas lutas indesejáveis.
A maior surpresa da atualização vem com o novo sistema de comércio, algo que a comunidade também vem pedindo tem um tempo.
Se você tem algum tipo de experiência com qualquer jogo do gênero então sabe como as coisas funcionam, desde o lançamento de Diablo II todo tipo de negociação sempre envolve um site terceirizado, cheio de interações suspeitas, muito scam e outras dores de cabeça que fazem com que você sinta que voltou para 1999.
Por mais que as trocas ainda exijam que o jogador logue no site de trade da própria GGG, agora é ao menos possível realizar as transações sem que o jogador esteja conectado ou de bobeira no esconderijo.
Basta falar com uma nova NPC, dizer o preço de cada item e pronto! O jogador não vai mais precisar mais que umas cinco coisas diferentes aconteçam para terminar a transação.
Vai ser possível até mesmo trocar abas de baú previamente pagas (com dinheiro real) por outras agora que não é mais necessário gastar o próprio dinheiro com o mesmo.
Jonathan disse que ainda deseja que exista uma certa barreira nas negociações, para evitar os diversos outros problemas que existem em economias online como inflação, golpes e outros problemas, mas acha que o novo sistema deve colocar os trilhos do sistema no lugar e assim suavizar uma das dores mais antigas da franquia.
The Third Edict parece marcar um ponto de virada para Path of Exile 2. Por mais que seja um título em Early Access, o título parecia um pouco distante do desejo dos jogadores, criando um certo atrito entre a equipe de desenvolvimento e a própria comunidade.
Agora o jogo parece estar abandonando os problemas e finalmente começando a tomar forma.
Com um combate mais fluído, trading simplificado e a chegada da primeira liga, essa atualização parece nos dar uma pequena prévia do rumo que PoE 2 vai tomar daqui para frente, e se a história se repetir parece que veremos um novo titã do gênero surgindo.
Path of Exile 2: O Terceiro Édito será lançado em 29 de agosto. Um fim de semana gratuito acontece entre 29 de agosto e 1º de setembro.
