A Ubisoft anunciou que The Rogue Prince of Persia está disponível para PS5, Xbox Series e PC. As versões de Switch e Switch 2 chegam ainda em 2025.
Assinantes PS Plus Extra e Game Pass podem aproveitar o jogo sem custo adicional.
Abaixo você confere nossas impressões da versão de PC. Um review completo do jogo no PS5 será divulgado nos próximos dias.
The Rogue Prince of Persia – Impressões do Acesso Antecipado
Embora a proposta de incorporar mecânicas roguelite a jogos de aventura não seja novidade, aplicá-las a uma franquia consagrada pode ser um risco. No caso de The Rogue Prince of Persia, no entanto, o combate acelerado aliado às seções de plataforma típicas da série deixa uma boa primeira impressão. A ideia da desenvolvedora Evil Empire de inserir elementos de aleatoriedade em um novo título do Príncipe tem potencial para render mais um excelente jogo do gênero.
Para conferir um pouco mais sobre The Rogue Prince of Persia, o PSX Brasil teve acesso à versão em acesso antecipado de PC disponível no Steam. Vale lembra que o jogo também está programado para chegar aos consoles.
Na trama, o jogador assume o papel do Príncipe em sua missão para livrar o reino da ameaça de Nogai, líder do exército dos Hunos, que invadiram a Pérsia espalhando uma energia mágica maléfica. Após uma batalha mortal, o protagonista acorda misteriosamente em um Oásis, descobrindo estar preso em um looping temporal. Sempre que é derrotado, ele retorna à vida para tentar novamente enfrentar seus inimigos.
A cada nova tentativa, ele explora diferentes regiões do reino em busca de recursos que podem ser convertidos em melhorias permanentes e habilidades, aumentando gradativamente as chances de sucesso nas jornadas seguintes.
Até aqui, o loop de progressão é familiar aos fãs do gênero roguelite. O que realmente diferencia The Rogue Prince of Persia é a fluidez da movimentação e a dinâmica do combate. Os mapas são variados e a direção de arte baseada em animações desenhadas à mão confere uma identidade visual marcante. Armadilhas clássicas da franquia, como espinhos, plataformas móveis e paredes escaláveis, marcam presença, exigindo que o jogador combine agilidade e precisão para superar os obstáculos.
Um dos destaques do gameplay é o Sopro de Vayu. Ao realizar acrobacias com sucesso, essa barra especial se enche e, quando ativada, torna os movimentos do Príncipe mais ágeis, aumentando a eficácia de seus ataques e esquivas. Medalhões encontrados ao longo da jornada funcionam em sinergia com o Sopro de Vayu, permitindo a criação de builds voltadas para precisão, velocidade e mobilidade.
O combate, por sua vez, exige reflexos rápidos. A cada golpe bem-sucedido, o jogador acumula energia para usar uma arma secundária. Entre essas armas se destacam uma serra giratória, um arco e flechas ou uma adaga que permite se teletransportar para as costas de um inimigo.
A exploração também é essencial. Portais espalhados pelo mapa funcionam como pontos de viagem rápida e são úteis para retornar a uma sala para buscar recompensas. Vasculhar cada canto antes de avançar para o próximo mapa é crucial para fortalecer sua build antes das batalhas contra chefes.
Durante as fases, há várias formas de aprimorar o personagem. Baús oferecem armas, amuletos e poções; vendedores e ferreiros permitem gastar o ouro acumulado para adquirir ou melhorar equipamentos. Altares místicos também surgem com recompensas aleatórias. Alguns deles, inclusive, podem exigir um sacrifício de vida para que o item possa ser coletado.
Um dos pontos que ainda precisa de melhorias é a variedade de armas e acessórios. Embora seja compreensível por se tratar de uma versão em acesso antecipado, a expectativa é que o lançamento do produto final traga mais opções para sustentar o fator replay. O mesmo vale para os inimigos, que por enquanto apresentam pouca diversidade: a maioria utiliza ataques mágicos em área ou golpes corpo a corpo que podem causar um dano considerável ao Príncipe, especialmente nas fases iniciais.
Ao fim de cada jornada malsucedida, o jogador retorna ao Oásis. Lá, pode interagir com NPCs desbloqueados ao longo da campanha, que oferecem serviços e melhorias. Para isso, é necessário acumular e enviar as Cinzas das Almas, uma espécie de recurso que deve ser depositado em urnas específicas para ser resgatado posteriormente no acampamento.
Conforme avança pela campanha, novas rotas também são desbloqueadas, permitindo variar a sequência dos mapas e evitar a repetição excessiva.
Além disso, o Príncipe acumula pontos de experiência que podem ser gastos em pequenas árvores de habilidades passivas, como aumento da vida máxima, número de poções carregadas ou até mesmo uma segunda chance durante a corrida.
Todas essas mecânicas de progressão e de combate de The Rogue Prince of Persia com certeza combinaram para criar uma base sólida de um jogo de aventura 2D bastante viciante. Resta aguardar agora para sabermos se a versão final possuirá conteúdo suficiente para se firmar como um grande roguelite, principalmente no que diz respeito ao fator replay.
Prévia realizada no PC com código fornecido pela Ubisoft.
