New World: Aeternum – Preview

New World: Aeternum

Apesar de todo os preparativos para o vindouro lançamento de New World: Aeternum, a versão revisada do MMO lançado em 2021 para PC pela Amazon Games, eu ainda não sabia bem o que esperar do produto final quando ele chegasse às mãos dos jogadores. Afinal, não é só o relançamento de um MMO ambicioso, mas também a adaptação de um gênero que nem sempre é tão adaptável às limitações impostas pelos consoles.

Por essa razão, quando a Amazon Games nos convidou para participar de um período de acesso antecipado ao Beta Aberto que está disponível para os jogadores de console e PC a partir de hoje, 13/09, eu não poderia deixar passar. E, sinceramente, finalmente poder jogá-lo foi uma experiência muito mais enriquecedora do que qualquer tipo de trailer poderia ter me passado. Afinal, no mundo dos jogos, nada é melhor para formar nossa opinião do que efetivamente ter o jogo em mãos.

E, se você não avançar mais do que aqui, fica aqui a dica. O Beta Aberto está disponível até o dia 16 de setembro até às 13 horas, então, se você tem interesse no jogo, dê uma oportunidade a ele. New World: Aeternum é um jogo bem único, com uma ambientação que raramente se vê por aí e um gameplay familiar que faz a experiência como um todo ser bem agradável.

New World: Aeternum

É justamente sobre a ambientação que precisamos falar primeiro. New World: Aeternum se passa em uma ilha amaldiçoada no qual exploradores do “Novo Mundo” vão parar após o naufrágio do seu navio. Nela o tempo e a morte não existem. O jogador assume o papel de um dos sobreviventes do naufrágio que acabam aportando nessa ilha. Como em todo bom RPG, sua sobrevivência e imortalidade vem também com seu próprio preço, no caso, suas memórias e sua própria identidade.

O jogador então fica livre para guiar sua própria jornada pelos mistérios de Aeternum, se juntando a um grupo de guerreiros buscando lutar contra aqueles que cederam aos encantos do poder, forças possuídas pelo mal com um apetite insaciável por destruição e morte, os chamados Corrompidos. É um plot bem interessante e que vai sendo desenvolvido aos poucos ao longo do que pudemos jogar, fazendo o suficiente para manter o jogador engajado sem bloquear o seu acesso a outros elementos do jogo.

Um dos pontos centrais de NW: A é justamente a liberdade que o jogador tem de como passar seu tempo. Sobreviver em Aeternum vai muito além de só lutar contra hordas de monstros malignos, com uma série de outras habilidades como pesca, confecção, forja e culinária podendo ser desenvolvidas ao longo do jogo. Cansado da vida de herói e prefere se aposentar, criar suas próprias armas e vender para ganhar um trocado? Prefere só largar tudo e viver da sua arte nas praias de Aeternum? Tudo é possível aqui.

New World: Aeternum

Essa liberdade não quer dizer que o jogo não tenha uma estrutura. Caso você siga o ritmo normal de jogo, que a maioria dos jogadores deve fazer nesse primeiro momento, você encontrará a sua tradicional coletânea de missões de um MMO, incluindo kill e fetch quests, então não espere uma reinvenção da roda. Dito isso, o jogo faz toda essa parte de uma maneira excepcionalmente competente e, pelo menos pelo conteúdo ao qual tivemos acesso, não pesa demais a mão em missões repetitivas e sem razão de existirem.

Um dos pontos mais legais dessas missões é que elas te dão uma boa razão para explorar Aeternum e, sinceramente, a ambientação do jogo é bem cativante. Esse estilo de mundo é algo bem incomum, então é interessante ver classes de personagem, construções e um até mesmo um jeito de falar dos personagens com uma roupagem diferente, ainda que alguns dos seus arquétipos sejam já bem conhecidos. Após um certo ponto, ter acesso às montarias ajudam bastante no ritmo de andar pelo mapa e a introdução das Facções ajudam a revigorar as missões antes que elas se tornem repetitivas. Infelizmente ainda não tive acesso às Escavações de Amrine, mas pretendo testá-las durante o Teste Aberto, já que são missões que parecem bem interessantes.

Sobre as classes, cabe dizer que, embora o jogo te permita escolher entre oito diferentes classes durante o processo de criação do seu personagem, você não fica necessariamente preso a elas, já que é possível equipar armas diferentes das iniciais da sua classe. Isso é importante já que as as suas habilidades especiais são vinculadas ao seu nível de proficiência com a arma e não ao seu nível de classe, por exemplo, então é possível experimentar e brincar com várias opções, já que ele traz um total de 15 tipos distintos de armamentos, entre armas de longo alcance, de uma ou duas mãos e armas mágicas.

New World: Aeternum

O combate talvez tenha sido o ponto em New World: Aeternum que eu mais tenha tido reservas sobre. Embora o combate em si seja bem rápido e intuitivo, já que ataques fracos e fortes, habilidades e defesa ficam mapeados para os analógicos do DualSense, a sensação que eu tive, principalmente nas armas de combate corpo-a-corpo, foi uma certa falta de peso nos golpes. Apesar do impacto, tanto o meu personagem quanto os adversários não pareciam muito afetados pelo dano, então os combates contra chefes não pareciam ter a teatralidade e qualidade que eles parecem ambicionar ter.

Eu tive problemas também com uma certa sensação de “rubberband” nos combates, com os inimigos parecendo se mover excessivamente rápido para chegar perto de mim, o que dificultava a eficiência do uso de armas de longo alcance, ou me puxando para perto deles e causando dano apesar da imagem aparentar uma esquiva bem-sucedida. Esse ponto final, no entanto, talvez tenha a ver com a conexão já que só tínhamos acesso a um servidor de fora e o ping acabou ficando bem alto, algo que não deve acontecer durante o Beta Aberto já que haverão servidores no Brasil disponíveis. E foi justamente essas ressalvas com o combate e a conexão que não permitiram ainda testar o PvP.

Dito tudo isso, o Beta Aberto de New World: Aeternum me deixou bem interessado no que deve vir por aí na versão final do jogo. A ambientação me cativou bastante e, considerando que é um MMO, pontos importantes como a liberdade de customização me agradaram. A única ressalva realmente ficou pelo combate, mas é algo que precisarei testar mais nos próximos dias a medida em que me preparo com esse Beta Aberto para o lançamento final do jogo no próximo dia 15 de outubro para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC.