Análises

Firewall Ultra – Review

Desde o seu lançamento, o PlayStation VR2 ofereceu algumas experiências inesquecíveis. Horizon Call of the Mountain trouxe uma imersão e gráficos incríveis, enquanto que jogos como Drums Rock divertem pela sua simplicidade. Firewall Ultra, infelizmente, passa longe de ser algo memorável.

O motivo disso é que Firewall Ultra entrega algo nada inovador, que provavelmente funcionaria melhor sem VR. É difícil não ficar desapontado com o jogo.

Firewall Ultra

Firewall Ultra, em seu lançamento, possui apenas dois modos de jogo. Para jogadores solitários, já adianto que pode esquecer: não há nada single-player aqui.

Um modo é basicamente o PvP e chama-se Contratos. São partidas 4×4, sendo que uma equipe deve defender o firewall/laptop, enquanto que a outra precisa encontrá-lo e hackeá-lo. Não há ‘respawn’, portanto se o jogador de uma equipe morrer, ele fica fora da partida assistindo através de câmeras. Se todos os jogadores morrerem, a rodada termina.

É um modo extremamente simples e básico, porém o que é decepcionante é a velocidade com que termina. A equipe que vencer apenas duas rodadas ganha (normalmente termina com a morte de todos e não com o hack). Jogar em VR é bem mais difícil do que da forma convencional, portanto encontrar o inimigo e principalmente vê-lo é algo bem mais desafiador.

O maior vilão de Firewall Ultra não foi citado ainda: o matchmaking. Por ser um título pago e de VR2, já se encontra em uma situação bastante nichada. Para jogar duas partidas PvP tive que esperar cerca de 10 a 20 minutos para que outras sete pessoas entrassem na sala. É muito frustrante. E, no fim, foram todos americanos falando em inglês. Nenhum bot foi adicionado, portanto você é obrigado a esperar por humanos.

Firewall Ultra

O outro modo é cooperativo e pede apenas quatro jogadores. O matchmaking é tão problemático quanto: parece que ninguém quer jogar esse modo. Foi muito difícil arranjar outros três interessados.

No cooperativo (PvE), chamado de Extração, também envolve laptops: o mapa possui três e você precisa hackeá-los para obter a informação neles e, no fim, escapar do local com vida. No início, os inimigos não possuem a sua localização, mas depois que o hack tem início, o combate inicia.

O modo é legal e mais divertido que o PvP, sendo honesto. Mas é tão limitado quanto. O objetivo é sempre o mesmo (encontrar os laptops) e só muda o mapa.

Firewall Ultra

Outro problema de Firewall Ultra é que o jogo não explora a capacidade do PlayStation VR2. É claro, ainda é um título VR e você pode interagir com as armas de diferentes formas, por exemplo. Mas é uma interação muito básica, mesmo em VR. Até os gatilhos adaptáveis do controle Sense não chamam tanto a atenção. A única forma realmente interessante com o Sense é que você pode fazer sinais com a mão para a sua equipe entender mas, sendo honesto, no calor da partida ninguém vê isso.

O sistema de deteção de movimento dos olhos funciona muito bem para o menu, podendo escolher rapidamente o que deseja. Isso nos leva às personalizações: além dos diferentes agentes, que possuem habilidades únicas, você pode personalizar as armas e utilizar vários tipos em seu arsenal. Apesar dos modos serem crus, os agentes e as armas estão em um bom número.

No fim, Firewall Ultra mais erra do que acerta. Acredito que se fosse um título gratuito teria mais sucesso. O matchmaking não demoraria tanto e os poucos modos seriam justificáveis. A desenvolvedora promete que haverá um suporte com mais modos e outras novidades no futuro, portanto Firewall Ultra pode ser outro jogo daqui a meses ou anos.

Jogo analisado no PS5 (PS VR2) com código fornecido pela Sony Interactive Entertainment.

Veredito

60

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