Shiren The Wanderer: The Tower of Fortune and the Dice of Fate

Shiren the Wanderer: The Tower of Fortune and the Dice of Fate é um dungeon crawler roguelike da série que consolidou o gênero no Japão, Mystery Dungeon. Desenvolvido pela Spike Chunsoft e publicado pela Aksys Games, este é o primeiro jogo da série a ser lançado no Ocidente desde Shiren: The Wanderer para o Nintendo Wii em 2010.

Shiren the Wanderer: The Tower of Fortune and the Dice of Fate é o epítome do gênero. Nenhum outro jogo do gênero o faz melhor do que este relançamento de PlayStation Vita, que saiu originalmente para o Nintendo DS no Japão. Dispensando introduções para os fanáticos, segue a análise para os interessados no gênero e aficionados do Vita.

É dito desde o início dos tempos que Reeva, o Deus do Destino, Rei dos Oito Deuses Bestiais, possui três olhos. Um olha para o passado, outro para o presente, e o terceiro para o futuro. Os três dados que Reeva lança decidem o nascimento e fim de toda a humanidade. Quando o “Dado da Sorte” é lançado, o resultado pode trazer prosperidade ou grande infortúnio. Até uma vida em graves apuros consegue ser transformada. As lendas dizem que Reeva habita numa maravilhosa fortaleza. Eles chamam esse palácio paradisíaco de a “Torre da Fortuna”.

Shiren the Wanderer: The Tower of Fortune and the Dice of Fate conta a nova aventura do protagonista (comumente conhecido como “Shiren”), que perambula pelo mundo afora com seu companheiro Koppa. Eles se deparam com uma vila e a história de um jovem apaixonado que decide adentrar a “Torre da Fortuna” e enfrentar o Deus do Destino, Reeva, para reverter a doença que irá matar sua amada.

Ao decidir encarar mais essa aventura, Shiren e Koppa decidem ir atrás deste jovem e enfrentar a “Torre da Fortuna”. Assim começa o jogo e nada prepara o jogador ao que vem pela frente. Aliás, nada prepara, mas existe um NPC que o leva por vários tutoriais. Mais de 50 tutoriais esperam o jogador logo na cidade inicial, o que já mostra que o jogo não está de brincadeira.

O título conta com vários mapas, nos quais deve-se chegar à escada, subir andar por andar até alcançar o topo e conseguir prosseguir na história. Chegar até a escada não é uma tarefa fácil quando monstros podem aparecer a qualquer momento, armadilhas podem ser ativadas com qualquer passo em falso e ventos que expulsam o jogador das missões quando demora demais.

O gênero dita que você controle um personagem, que se movimenta passo a passo em turnos, da mesma forma que os inimigos, e se desloca em oito direções, desvendando espaços diferentes e revelando mais áreas no mapa. Não tem muito mistério no quesito objetivo, apesar das inúmeras dinâmicas específicas que o jogo traz.

Tudo isso parece simples, com uma pequena exceção: ao morrer, você é levado de volta à cidade, no nível 1, perdendo todos os itens e equipamentos que levou ou adquiriu enquanto estava nos mapas. Esse é o grande lance do jogo, você sempre volta à estaca zero. Claro, ao prosseguir bastante, poderá proteger alguns equipamentos, apesar de nada ser certeiro e até esses equipamentos protegidos podem ser perdidos para sempre caso morra demais.

Se a dinâmica não te assustou, o que vem pela frente é só vantagem. Os gráficos do jogo em 2D são absolutamente fantásticos. Pode parecer exagero, mas o trabalho deles e como eles são exibidos no PlayStation Vita é fora de série. O jogo não possui dublagem e o único idioma disponível é o inglês. A trilha sonora acompanha muito bem a temática japonesa do jogo.

Como já dito, Shiren the Wanderer: The Tower of Fortune and the Dice of Fate proporciona o que há de melhor e tudo que o gênero tem a oferecer. O único ponto a se fazer é que esse não é um gênero para todos: ou você ama, ou ficará extremamente frustrado ao perder todos seus equipamentos depois de morrer por um monstro que apareceu de repente. Como diria o rótulo de xampu: repita a operação.

Jogo analisado com código fornecido pela Aksys Games.