Uma maneira interessante de abordar a história dos consoles da Sony é considerando o papel que as IA tiveram em cada geração de videogames, desde o lançamento do primeiro Playstation, em 1994.
A indústria dos videogames pode ser dividida entre “a.P.” e “d.P.”, simbolizando “antes do Playstation” e “depois do Playstation”. Durante toda a década de 1980 e boa parte da década de 90, a Nintendo e a Sega reinavam sem oposição, mas então um novo console surgiu e mudou o mercado para sempre.
Não é surpreendente perceber que o Playstation 2 segue como o videogame mais vendido de todos os tempos, superando o Nintendo DS, o maior console da Nintendo. No Brasil, a popularidade do PS2 foi impulsionada em partes pela pirataria, a qual tornou os jogos do videogame mais acessíveis.
Aliado a isso, é impossível ignorar o papel que algumas ferramentas tiveram no desenvolvimento de títulos para os consoles, como é o caso das inteligências artificiais. As IA são mais prevalentes hoje em dia, mas as suas contribuições são observadas em games do Playstation desde as origens do console.
Playstation 5 – The Quarry
Segundo artigo publicado pela ExpressVPN, as IA contribuem para os videogames na mesma medida em que os videogames contribuem para o aprendizado das IA. Nesse sentido, vale começar a lista com um título em que o aprendizado faz parte da experiência e dita os caminhos da narrativa: “The Quarry”.
No game, o jogador assume o papel de um grupo de jovens adultos em um acampamento de verão, tentando sobreviver a uma ameaça escondida na floresta. Conforme a história avança e decisões são tomadas pelos jogadores, novas possibilidades se abrem, tornando subsequentes jogos distintos.
Playstation 4 – Alien Isolation
No mundo gamer, se você mencionar as palavras “inteligência artificial”, é muito provável que um jogo seja imediatamente mencionado, mesmo sem qualquer contexto: “Alien Isolation”. E isso acontece por bons motivos. Mesmo uma década depois, a IA do título segue como uma das melhores.
Os inimigos do jogo, os famosos xenomorfos, são capazes de realizar ações complexas, como adaptar-se a partir de estratégias utilizadas, executar táticas para “enganar” os jogadores e aplicar planos próprios. Isso pede que mesmo players experientes não abaixem a guarda em nenhum momento.
Playstation 3 – The Last of Us
“The Last of Us” é aquele tipo de franquia que não requer introdução. Com dois títulos aclamados por fãs e críticos, um remake recente e uma adaptação televisiva que quebrou recordes, não é surpresa que o primeiro jogo apareça em uma lista sobre os melhores usos de IA em jogos do Playstation 3.
No game o jogador controla um pai em luto, em uma missão por um mundo pós-apocalíptico onde deve proteger uma pré-adolescente, Ellie. O que torna TLOU uma experiência imperdível para quem se interessa pelas IA é a maneira como o computador controla Ellie e evita possíveis frustrações.
Playstation 2 – TimeSplitters: Future Perfect
Atualmente os jogos do gênero FPS (“first person shooter”) estão entre os gêneros mais populares da indústria, mas nem sempre foi assim. Durante boa parte dos anos 80, 90 e 2000, as inteligências artificiais de aliados e inimigos não eram refinadas o suficiente para permitir uma boa experiência.
“TimeSplitters: Future Perfect” é um título fora da curva, onde os oponentes e companheiros controlados pelo computador são igualmente competentes. O comportamento das IA possibilita um desafio interessante, em que as habilidades do jogador não são prejudicadas por ações externas.
Playstation 1 – LSD Dream Emulator
A premissa de “LSD Dream Emulator” (1998) existe no limítrofe entre a interatividade dos videogames e a experiência de assistir passivamente a um produto audiovisual, como filmes. Independentemente do extremo em que o jogador se identifique, as mecânicas do título só são possíveis pelo uso de IA.
Basicamente, trata-se de um jogo em que, a cada novo começo, o jogador se vê diante de um cenário completamente distinto, elaborado aleatoriamente. As locações bizarras parecem saídas de um sonho, permitindo que cada pessoa que pegue o título tenha uma experiência distinta da anterior.
Foi difícil selecionar apenas 5 títulos, então decidimos nos focar em diferentes eras do Playstation, com um título de cada geração, mas a lista poderia facilmente ter 500 itens. A verdade é que sem as IA, a maioria esmagadora das principais obras-primas do mundo dos games jamais seriam criadas.