Hideo Kojima

O canal oficial da PlayStation no YouTube liberou uma entrevista exclusiva com Hideo Kojima em que ele conta alguns detalhes sobre sua vida e o momento em que decidiu se tornar um game designer.

Basicamente, Kojima conta o quanto queria se tornar artista quando criança e que por conta de seu vício em filmes, acabou se aproximando da escrita. Eventualmente ele conheceu os jogos de videogame e resolveu investir naquele novo tipo de mídia por conta de seu potencial:

“Eu estava pensando em me tornar um artista, mas acabei me viciando em filmes. Isso aconteceu enquanto eu ainda estava na escola primária. Eu gostava de romances, mas não podia produzir um filme por conta própria, então tentei fazer o que podia sozinho. No fim, acabei me envolvendo com a escrita de histórias. Comecei por volta do fim da escola primária e continuei escrevendo ao longo do ensino médio, e foi aqui que encontrei os jogos pela primeira vez. Não havia muitas opções de cor, bits e som, mas eu vi muito potencial nisso. Não era como filmes ou romances, mas eu queria tentar minha sorte com esse novo tipo de mídia. E foi assim que entrei neste mundo. Mas agora que olho para trás e vejo tudo isso, percebo o quanto estava feliz em ter tomado aquela decisão.”

Kojima também forneceu alguns detalhes sobre como se sentiu gratificado por ser capaz de trabalhar com múltiplos tipos de arte enquanto cria seus jogos, além de mencionar como foi sua experiência em finalmente se tornar independente agradecendo a todos que o ajudaram no processo:

“Havia coisas que eu queria fazer como desenhar imagens, modelar argila, pensar em uma história, criar visuais e colocá-los em uma música. Eu diria que fui sortudo, pois pude trabalhar com um sistema de jogos que era capaz de fazer isso tudo. Me tornei independente há 3 anos e 9 meses. Eu originalmente comecei isso para tentar criar um título AAA que atendesse às expectativas de todos. Eu tive ajuda de muitas pessoas e fui capaz de vender o jogo. Agora que eu penso a respeito, não estava me unindo a uma nova indústria. Pelo contrário, estava recomeçando algo que eu havia iniciado há 30 anos, só que como um desenvolvedor independente de jogos – mas não foi tão difícil quanto eu imaginava e no fim eu só comecei a criar algo do zero novamente. Surpreendentemente isso funcionou muito bem. Se fosse pra começar a administrar um restaurante eu certamente passaria por maus bocados, mas felizmente fui capaz de trabalhar com o que sou melhor, então obrigado por isso, eu acho. Eu somente repeti o que eu sempre fiz e graças à ajuda de todos pude começar a vender um jogo novo.”

Death Stranding está disponível para PS4 e chega em 2020 ao PC. Leia a nossa análiseassista ao “filme” e fique de olho no tamanho do save.

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