Death Stranding

O site IGN divulgou uma entrevista exclusiva em seu canal com Hideo Kojima e Kenji Yano, diretor e roteirista de Death Stranding respectivamente, em que explicaram como idealizaram os conceitos e simbolismos presentes no jogo, e como coincidentemente previram os acontecimentos sociais e políticos que ocorreram ao longo de 2020.

Primeiramente, Hideo Kojima explica que, na época do desenvolvimento, notou um movimento de isolamento e divisão gradativo na sociedade em decorrência das redes sociais. Ao mesmo tempo em que a internet reduzia a distância entre as pessoas, reunindo-as em um único local, isso acabou criando bolhas de isolamento e, por consequência, gerando mais divisões e conflitos na sociedade. Devido a tal situação, Kojima se sentiu inspirado em criar um jogo em que os jogadores pudessem criar conexões positivas entre si.

Kenji Yano, por sua vez, menciona que nas fases iniciais do planejamento do roteiro, Trump ainda não havia vencido as eleições, e o Brexit ainda não havia acontecido. Mas conforme o time trabalhava no roteiro, esses eventos começaram a acontecer no mundo real e que na prática, já não era mais um trabalho de imaginar “e se” o mundo, ou os EUA, se dividissem. Tudo isso já estava acontecendo. Para ele, foi como se o mundo real, de forma trágica, tomasse o rumo da história em que estavam trabalhando.

Sobre as comparações com a pandemia causada pelo COVID-19, Yano comenta que durante o ápice do período de desenvolvimento de Death Stranding, Kojima mencionava constantemente a obra “Virus” publicada em 1964 pelo escritor japonês Sakyo Komatsu. A obra em si é sobre um vírus que se espalha ao redor do mundo dizimando a população humana, forçando os últimos sobreviventes a ficarem isolados em suas casas. Muito disso foi utilizado como inspiração para o que é visto em Death Stranding.

Por fim, Kenji Yano brinca dizendo que Hideo Kojima é uma versão moderna de Sakyo Komatsu, uma vez que ambos, de certa forma, conseguiram “prever o futuro” através de suas obras.

Você pode assistir à entrevista na íntegra no vídeo abaixo. Death Stranding está disponível para PS4 e PC.

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