The Last of Us Part II

Após algumas horas nesse universo de The Last of Us Part II, estamos aqui para compartilhar um primeiro vislumbre do exclusivo de PlayStation 4 produzido pela Naughty Dog que continua a saga iniciada lá no primeiro game da franquia, lançado em 2013.

Ellie já não é mais a adolescente assustada de outrora, e o mundo também já não é o mesmo visto no primeiro jogo. Temos uma nova configuração social, sobre a qual trataremos na nossa análise completa (que será lançada no dia 12 de junho), mas já podemos adiantar que o mundo se reorganizou e não é necessário dizer que não tem sido da forma mais pacífica possível. Comunidades se formaram, algumas em torno de ideias divergentes, e em meio à sua jornada, nossa protagonista vai se deparar com grupos como o WLF, encontrado no capítulo nas proximidades do hospital onde deverá encontrar uma “tal de Nora” em busca de novas pistas para seguir seu caminho.

Esse mesmo trecho é parte do que foi exibido no State of Play, exibido dia 27 de maio pelos canais oficiais PlayStation, e nele temos uma passagem relativamente grande de conflito em campo aberto. É interessante notar que os detalhes do cenário, já tomado pela natureza, deixam bastante claro quais são os métodos que esse grupo utiliza para lidar com seus inimigos. Também é possível perceber uma evolução tecnológica em termos de inteligência artificial, com os membros se comunicando com código próprio e, deste modo, se diferenciando de outros sobreviventes vistos neste e no game anterior. E é nesse contexto de desconhecimento do terreno e uma óbvia desvantagem estratégica e numérica que TLoU2 vai testar tudo o que aprendemos até então.

O capítulo oferece um desenho de ambiente muito propício para abordagens distintas. Mato alto, baixo ou ambientes descampados; construções em ruínas com múltiplos pontos de acesso, vários veículos para cobertura e diversidade geográfica permitem liberdade ao jogador, e também possibilitam que ele pague caro por escolhas equivocadas. Usar uma lanterna em ambientes escuros é ótimo contra infectados cegos, mas podem nos denunciar quando em confronto com humanos; buscar cobertura em ambientes abertos pode não ser eficiente com inimigos que se organizam para cercar um ponto de atenção e sair atirando como se não houvesse amanhã pode nos expor demais contra inimigos múltiplos. Bombas, granadas e armas brancas tem sua serventia, mas seu mal uso só poderá acelerar a derrota.

Este trecho – e aí faz muito sentido do porquê ser escolhido para simbolizar o que o game tem a oferecer – é bastante simbólico ao fazer questão de, a cada novo passo, nos lembrar que o mundo não é um local seguro, divertido e muito menos clemente. Não sobraram muitos de nós, assim como também não sobrou espaço para hesitação. Ellie aprendeu, ao longo de cinco anos depois do primeiro homem que matou, que não haverá chance, um único segundo para se arrepender. E aprendeu bem, se tornou uma caçadora habilidosa, uma assassina fria, uma atiradora cruel. Não, não é uma heroína, não é a pessoa que quer salvar o dia e tornar o mundo melhor. Não se pode esperar isso dela ou de mais ninguém quando tudo já acabou e o que se espera do futuro é, quem sabe, viver mais um dia.

The Last of Us Part II mostra, nesse momento da busca por “essa” Nora, sua evolução técnica: o espaço de ação é amplo e belíssimo à sua maneira, com uma iluminação dinâmica, cheia de sutilezas, e uma vegetação diversa quase que como um personagem por si só, cheio de acessos e caminhos possíveis. Talvez por isso mesmo pareça mais agoniante, até mesmo mais opressivo. Ao mesmo tempo, Ellie tem uma série de possibilidades em mãos, que se mostram mais avançadas quando comparadas ao que ela fazia aos 14 anos, com uma mescla entre agilidade, furtividade e brutalidade visceral, todas características necessárias para enfrentar um nível avançado de inimigos mais preparados e organizados.

O jogo, como todos sabemos, não é exatamente sobre infectados, mas muitos de seus preceitos, grande parte deles estabelecidos lá por George Romero em sua obra no cinema, continuam valendo e alcançam sua maturidade aqui. Os infectados (que nem aparecem nessa passagem) são sim uma ameaça, uma maldição com a qual tem-se que lidar, mas quando a humanidade se vê em meio ao caos e a questionamentos sobre até onde podemos ir para manter a nossa frágil sociedade, nos vemos diante de um novo paradigma: o que, de fato, nos torna humanos, e o quanto isso nos distancia, ou nos aproxima, da monstruosidade.

The Last of Us Part II tem lançamento confirmado para 19 de junho de 2020 exclusivamente para PlayStation 4. Este texto é só uma pequena e primeira parte da cobertura do PSX Brasil desta que, certamente, é uma das produções mais esperadas da geração. Continue conosco e não perca nenhum detalhe!

The Last of Us Part II foi gentilmente cedido pela Sony para a realização desta pequena prévia e de toda a cobertura que está por vir.

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