O PlayStation 3 não teve um ano fácil. No ano em que seu sucessor foi lançado e que o mercado de jogos para PC e dispositivos móveis teve um forte crescimento, o PS3 teve que suar para se manter relevante. Felizmente o apoio de first- e third-parties continua forte no console, que entra no seu oitavo ano de vida com um catálogo respeitável de jogos.
 
2013 foi não somente o ano em que títulos de peso chegaram ao console, oriundos de desenvolvedoras renomadas como Naughty Dog, Rockstar North, Irrational Games e Crystal Dynamics, mas também o ano em que os jogos independentes deixaram de ser coadjuvantes e passaram a coprotagonizar o mercado de jogos ao lado de títulos mais tradicionais. 
 
Seja qual for a origem do jogo, o que importa é se ele diverte você. Ele não precisa ter os gráficos mais avançados, não precisa ser um monstro com milhares de quilômetros quadrados virtuais de atividades para realizar nem deve necessariamente ser um simulador ultra-realista de algo. Videogames são entretenimento e nós não podemos nos esquecer disso.
 
Dentre todos os lançamentos para o PS3 em 2013, nós escolhemos os 10 que mais representam o que houve de melhor no ano para o console. Tenha em mente, como sempre, de que essa é uma lista elaborada pela nossa equipe e não necessariamente ela reflete o que estaria na sua lista pessoal. Ela serve mais como indicação do que nós gostamos e achamos que deve ser recomendado.
 
Ao longo da semana de 13/01 a 17/01/2014 nós revelamos dois ganhadores por dia em contagem regressiva para o campeão do ano no PS3, o jogo que nossa equipe acha que merece o maior destaque entre todos os lançamentos do ano passado.
 
Vamos aos premiados:
 
 
 
Puppeteer é um jogo infantil, com uma história infantil, mas que possui um coração e uma criatividade de ouro. A aventura do pequeno Kutaro está repleta de desafios, personagens carismáticos, ação, comédia, drama e muita criatividade e zelo dos criadores para juntar tudo isso no mesmo pacote. Foi um dos poucos jogos esse ano que completei com um grande sorriso do começo ao fim e realmente torço que mais pessoas, adultos e crianças, joguem essa joia rara do console. Puppeteer é o "Mario" do PS3, um jogo que simplesmente diverte e surpreende do começo ao fim. – Luís Guilherme // Leia a nossa análise do jogo.
 
 

 
 
 
Quando a Kojima Productions anunciou que faria um spin-off de Metal Gear com Raiden, nunca se imaginou que ela pediria ajuda para a Platinum Games. Talvez isso tenha sido a decisão mais sábia que a equipe de Kojima poderia ter feito, pois agora sabemos o resultado: Metal Gear Rising: Revengeance é um excelente jogo de ação "hack and slash" que não desapontou fãs da série ou os do próprio gênero. Claro, a história, que é a marca característica da série, pode ter sido deixada de lado aqui, mas ainda é um Metal Gear – principalmente no quesito de possuir chefes únicos e memoráveis. Além disso, MGR:R tem um aspecto técnico impecável e uma jogabilidade sensacional. Fica difícil não imaginar uma continuação para este excelente spin-off, mas que tal Raiden descansar um pouco e vermos aquele jogo com Gray Fox que Kojima tanto quer fazer? – Ivan // Leia a nossa análise do jogo.
 
 

 
 
 
Apesar de a versão para PlayStation Vita apresentar algumas interações únicas pré-concebidas pelos desenvolvedores no início da criação de Rayman Legends, o jogo no PlayStation 3 não deixou de se pautar pelo brilhantismo típico da série. Entretanto, isso externa uma polêmica que foi a quebra de exclusividade do jogo, outrora pretensamente cativo somente no Wii U, atual console de mesa da Nintendo. Isso deixou a equipe de Michel Ancel bastante descontente. Uma pena, mas donos de PS3 tiveram sorte nessa, porque conseguiram a oportunidade de jogar em seus consoles um jogo de plataforma competente em sua essência, com diversão, musicalidade e longevidade incomuns nos jogos atuais, seja na forma mais tradicional de controlar as ações de Murfy ou, ainda, se divertindo num multiplayer convidativo. Ir para Castle Rock pela primeira vez pode ser considerado um dos momentos mais marcantes para um amante de jogos no estilo. – Adriano // Leia a nossa análise do jogo.
 
 

 
 
 
Na geração passada o PS3 recebeu inúmeros JRPGs medíocres e as empresas especializadas no gênero, inclusive a Level 5, pouco contribuíam para reverter esse cenário. Ni No Kuni: Wrath of the White Witch chegou para desfazer esse estigma e nos mostrou que o Japão ainda produz excelentes RPGs. Por meio dele, a Level 5 manteve os aspectos mais interessantes e tradicionais do gênero, associando estes componentes a um belíssimo trabalho audio-visual – fruto também da inédita parceria com o Studio Ghibli. Próximo a um sucessor espiritual de Dragon Quest VIII, Ni No Kuni é um exemplo de JRPG que as desenvolvedoras japonesas deveriam seguir. Que a parceria entre Level 5 e Ghibli represente o começo de uma nova era de prosperidade para o gênero e nos permita sonhar com obras como O Castelo no Céu, A Viagem de Chihiro ou Princesa Mononoke em um formato interativo. – Francisco // Leia a nossa análise do jogo.
 
 

 
 
 
Grand Theft Auto V, apesar de ter sido um dos jogos mais ambiciosos do ano, esteve em meio a vários outros lançamentos de peso para o PlayStation 3. Ele oferece um mundo aberto cheio de possibilidades (seja offline ou online), mecânicas novas de jogabilidade com a alternância entre três personagens, além da otimização de comandos inspirada em jogos pós-GTA IV, com notável destaque a Red Dead Redemption. Apesar de GTA V reunir esses predicados, ele não consegue agradar a todos os jogadores da mesma forma. Mesmo assim, ele foi o jogo mais bem sucedido em vendas do ano, gerando receitas bilionárias para a sua produtora e se destacando no ponto de vista técnico, fazendo os consoles da geração passada possivelmente chegarem aos seus limites. GTAV reafirma a posição da Rockstar como uma das melhores desenvolvedoras atualmente na indústria dos videogames. – Adriano e Bruno // Leia a nossa análise do jogo.
 
 

 
 
 
Hotline Miami é um jogo arcade perfeito. Cada fase pode ser completada com bastante facilidade, contanto que seja aplicada a estratégia correta para cada situação. Provavelmente haverá muitas mortes até tudo ocorrer de maneira perfeita, mas Hotline Miami continua atraindo o jogador com sua jogabilidade simples e viciante, além de sua trilha sonora espetacular. Várias armas e máscaras expandem a forma de jogar, sempre fazendo o jogador almejar uma pontuação mais alta. Ele pode não ser o jogo mais bonito ou com a história mais relevante, mas com certeza será lembrado e jogado várias e várias vezes nos anos que ainda virão. – Luís Guilherme // Leia a nossa análise do jogo.
 
 

 
 
 
BioShock Infinite pode ser visto apenas como um shooter com "poderes especiais" por muitos, mas quem jogou sabe que ele vai além disso, principalmente por sua história fantástica. O que é necessário destacar? Talvez Elizabeth, que fará você se apaixonar por ela como se fosse uma pessoa real, e não apenas uma I.A. muito bem programada. Ou quem sabe a reviravolta na história que explodirá sua cabeça? Ou até mesmo a jogabilidade, que é extremamente variada em suas opções de combate (Vigors, Armas, Elizabeth ou até mesmo o Sky-Hook)? Não importa. BioShock Infinite marcará sua vida de jogador de alguma maneira e são poucos os títulos na história dos videogames que conseguem fazer isso. – Ivan // Leia a nossa análise do jogo.
 
 

 
 
 
Tomb Raider é um jogo maravilhoso. A experiência de acompanhar Lara no seu crescimento pessoal é excelente do começo ao fim. Inspirando-se nos melhores elementos de séries como Uncharted, Far Cry, Resident Evil, Dead Space, Batman: Arkham e outras, Tomb Raider conseguiu criar uma fórmula própria que funciona muitíssimo bem. A série, que sofria com uma sequência de jogos no máximo medianos, revitalizou-se em grande estilo. Tudo no jogo funciona bem, os personagens são ótimos, a ambientação é espetacular e nós mal podemos esperar por mais um jogo dessa nova Lara Croft que veio para ficar. – Bruno // Leia a nossa análise do jogo.
 
 

 
 
 
Nenhum jogo me divertiu tanto em 2013 quanto Guacamelee!. A temática mexicana serviu de ótima base para um jogo extremamente polido e bem executado. Sua jogabilidade é dinâmica e precisa, sua direção de arte é muito marcante e a dificuldade que o jogo oferece é calibrada na medida certa para desafiar sem frustrar. Um dos melhores exemplos de jogos "MetroidVania" dos últimos anos, Guacamelee! é a prova de que jogos 2D de plataforma são um gênero eterno, daqueles que devem continuar recebendo títulos de qualidade independentemente da geração de consoles do momento. – Bruno // Leia a nossa análise do jogo.
 
 

 
 
 
2013 foi outro ano repleto de excelentes jogos e marcado pela volta de séries queridas pelo público dessa mídia. No entanto, foi uma franquia estreante que tomou os holofotes, mesmo estando ao redor de gigantes como Grand Theft Auto V, Bioshock Infinite e Tomb Raider. Pode parecer estranho todo esse mérito, pois The Last of Us não é perfeito como jogo e talvez não seja tão refinado tecnicamente e em conteúdo quanto outros lançamentos do ano.
 
O que faz do novo produto da Naughty Dog algo tão especial é o modo como ele proporciona um novo nível de envolvimento do usuário com o universo e personagens ali construídos. É também um ótimo jogo, combinando Survival Horror com outros gêneros, mas é por meio da narrativa, dos diálogos e das atuações que o jogo brilha e demonstra o imenso potencial dos videogames como meio de se contar histórias. Igualmente importante e fundamental para o enredo dramático de The Last of Us é o acompanhamento das músicas de Gustavo Santaolalla, componente que está à altura da qualidade do jogo como um todo.
 
A jornada de Joel e Ellie é emocionalmente perturbadora – não somente pelas aberrações ou situações de perigo, mas principalmente pelo envolvimento afetivo que o jogo provoca. Após um longo convívio com as personagens, presenciando diversas situações que demonstram os pontos altos e baixos da natureza humana, é inevitável o sentimento de saudade por antecipação, tanto de Joel como de Ellie. Com momentos marcantes e um encerramento brilhante, não é raro The Last of Us causar um imenso vazio após seu término. Ele não só é digno do título de Jogo do Ano como merece figurar entre os melhores jogos da geração. – Francisco // Leia a nossa análise do jogo.
 
 

 
 
– Menções honrosas –
Resident Evil: Revelations, Deadly Premonition: The Director's Cut e Final Fantasy XIV: A Realm Reborn
 
 

 
 
– Escolhas dos usuários –
Em enquetes realizadas no site, nós perguntamos para os nossos usuários quais foram os seus jogos favoritos do PS3 em 2013. Esses foram os resultados:
 

 
 

 
 
O que você achou dos premiados? Quais jogos acha que deveriam estar ou não na nossa lista? Qual seria a sua lista de melhores de 2013? Participe da discussão nos comentários.
 

Participaram: Adriano Benedito Pasquini, Bruno Ferreira Machado, Francisco Maia Rodrigues, Gustavo Vitor Barbosa Bomfim, Ivan Nikolai Barkow Castilho, Luís Guilherme Machado Camargo e Patrick Seaba Guimarães.
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