The Division 2

The Division 2 lança oficialmente hoje, dia 15 de março, para o PS4, Xbox One e PC. O PSX Brasil foi convidado para ir no escritório da Ubisoft Brasil conversar um pouco com o produtor do game, Nick Scurr, da Ubisoft Leamington.

Abaixo, você confere o que foi dito por Nick sobre temas como a escolha do cenário do jogo, o conteúdo endgame e os DLC’s e atualizações que saíram no primeiro ano de suporte ao game.


PSX Brasil: O lançamento do primeiro jogo da série foi marcado por altas expectativas para o início de uma nova geração, junto com a promessa dos trailers do game. Desta vez, as expectativas que giram em torno de The Division 2 vem da comunidade que abraçou a série e sabe o que esperar. Eu sei que você era um grande fã antes de se juntar à Ubisoft Leamington, você sentiu pressão em agradar os fãs hardcore do primeiro?

Nick: Quando eu comecei a trabalhar na empresa, nós já tínhamos feito o suporte do primeiro The Division. Nós fizemos toda a parte live content para o jogo. Então já tínhamos experiência em fóruns e Twitter, para olhar as mudanças que o público queria. A melhor parte disso é que pudemos trazer toda essa experiência para o The Division 2. Então todas aquelas melhorias e recursos que tínhamos no primeiro jogo, estão no primeiro dia de TD2. Os fãs de Division 1 amam os gadgets, o cenário e habilidades, então eles devem ficar igualmente animados para o segundo jogo. Tudo o que fizemos foi construir o jogo em cima disso, fazendo-o melhor e maior. Um ambiente urbano maior, mais variado. Washington D.C. tem áreas urbanas, áreas financeiras, todos os marcos conhecidos que vemos em filmes e séries. Isso tudo deixa a cidade mais viva, mais densa para explorar do que em Nova York, que era predominantemente urbana e com arranha-céus.

E novamente, algo que muitos queriam era conteúdo que elas teriam após terminarem a campanha principal. O pós-game é igualmente robusto como as trinta missões principais. Temos novas missões, uma nova facção que vem e invade e muda o mundo. Nesse momento, temos a Zona Cega Ocupada (Occupied Darkzone, no original), para uma experiencia mais hardcore de Zona Cega (Darkzone, no original). Eles tem acesso a novas especializações, cada uma delas tem um novo nível de sistemas, então há mais progressões para o jogador. E também, como dissemos, haverá acesso gratuito para os conteúdos novos do primeiro ano do jogo. Teremos as Incursões (Raids, no original) para oito jogadores, o que é uma novidade em The Division. E três níveis de especialização também.


PSX Brasil: E como a equipe espera atrair novos jogadores com o game?

Nick: Sim, os novos jogadores não vão ficar perdidos na narrativa de The Division 2. O jogo explica muito sobre o que está acontecendo. Todo mundo começa com uma missão de tutorial, todo mundo vai ter que desbloquear as operações básicas. Tudo vai ser explicado para o jogador.

Algo como a Zona Cega, que alguns jogadores acabavam se afastando no primeiro jogo, por muitas vezes ser uma experiência muito hardcore, terão missões intermediárias. Cada uma delas introduz os jogadores à mecânicas e IA da Zona Cega, para que eles se sintam um pouco mais seguros. Então é um pouco mais amigável, já que normalizamos o nível de todos os jogadores, então todos terão o mesmo nível na fase. E para as pessoas que queiram uma experiência mais hardcore de Zona Cega, elas também terão isso no Cenário Avançado (ou endgame).


PSX Brasil: É possível desfrutar de todo o conteúdo sozinho? Como as Incursões, por exemplo.

Nick: Sim, você poderá percorrer toda a campanha, jogar todo o conteúdo das missões paralelas e aproveitar as atividades no mundo-vivo como um jogador solo, se você quiser. Você poderá jogar todo o conteúdo do Cenário Avançado por conta própria. Será mais difícil porque você estará sozinho, mas o jogo balanceia a dificuldade. Então se há 4 jogadores, há mais inimigos. Nós acomodamos todos os tipos de configurações. Você poderá ir em uma Incursão sozinho, mas porque exatamente você faria isso (risos).

PSX Brasil: Como foi o desenvolvimento de The Division 2? Quantas pessoas da Ubisoft Leamington estavam envolvidas no título?

Nick: Sim, obviamente, é um grande jogo, massivo para o estúdio principal, então tivemos oito estúdios espalhados no mundo trabalhando juntos. Um deles é a Ubisoft Leamington, de onde eu vim. Nós começamos o desenvolvimento The Division 2 há 2 anos atrás, então ainda estávamos dando suporte para o primeiro jogo. Nós tínhamos um time de tamanho considerável fazendo o suporte, enquanto um pequeno grupo começava a trabalhar em TD2. E gradualmente o time foi ficando maior e agora ele é gigante.

Para The Division 2, em termos de cenário por exemplo, nós estávamos pensando como dar sequência após Nova York, como um local icônico nos EUA. Então pensamos aonde o poder estava: na capital do país. Se isso acontecesse em Washington, o que aconteceria lá, aonde está o poder. Então os jogadores entram e exploram a cidade, para restaurá-la e trazer a esperança de volta para as pessoas que vivem lá.


PSX Brasil: The Division 2, como é tradição para a Ubisoft, leva o nome do renomado autor Tom Clancy. Dado o clima político atual especialmente nos EUA, onde o jogo ocorre, como é que a equipe desenvolveu a história de um shooter militar que faz jus ao pedigree estabelecido pelo autor e também da Ubisoft ao longo dos anos, especialmente tendo Washington como o cenário principal?

Nick: Nós estamos construindo em cima do que fizemos no primeiro jogo. Então o que acontece imediatamente após as consequências do vírus, depois da Divisão. Então neste jogo, sete meses depois, os agentes da Division são chamados para DC. A Shade Network, que a Division usa para se comunica e checar informações saiu do ar, então você deve investigar isso. E ao longo dessa missão, você verá como a cidade adentrou o caos, e não há governo para socorrer. Há pessoas tentando se salvar, mas há inimigos, diferentes facções que estão tentando tirar vantagem da situação. Em termos de narrativa, nós queríamos fazer algo que fizesse sentido para a sequência baseado no que acontece no primeiro jogo. Isso se conecta com TD1 e o lore expandido, que você pode ver nos quadrinhos e livros baseados na franquia. Então basicamente tentamos criar a melhor história que podíamos criar dentro desse mundo,


PSX Brasil: The Division sofreu várias mudanças durante o primeiro ano e, somente com o patch 1.7, tornou-se uma experiência definitiva. Isso aconteceu mais de um ano após seu lançamento. Qual é a expectativa de entregar a melhor experiência possível já no lançamento deste game?

Nick: Isso é exatamente o que pretendemos fazer, e obviamente temos a experiência do primeiro The Division. Muito eram features e melhorias no jogo que estarão no lançamento deste. Então temos a campanha, o co-op, nós temos esse sistema de mundo-vivo em termos de atividades e jogadores para interagir. E quando eles terminarem isso, terá ainda mais conteúdo. O Cenário Avançado se abre. A facção Presas Negras (ou Black Tusk, no original), que é essa nova facção que você não vê até o fim do game, começa a invadir o mundo e tirar vantagem da situação, e é o trabalho do jogador aprender mais sobre eles, para enfrentá-los e afastá-los da cidade. Eles terão sua própria base, que iremos lançar em uma atualização logo após o lançamento, eles farão parte das Incursões, que estará também em uma atualização logo após o lançamento. E como eu disse, todos terão acesso ao conteúdo DLC do jogo, então teremos 3 episódios com uma grande quantidade de conteúdo ao longo do primeiro ano, e todos terão acesso a isso. Nós também teremos três especializações, e cada uma delas terá uma árvore de progressão diferente. Então damos para os jogadores muito o que fazer e experimentar após o lançamento.


PSX Brasil: Qual foi a resposta do beta e como isso mudou os planos para o lançamento do game?

Nick: A resposta foi muito boa. Nós tivemos um bom entendimento através dos três betas. Tivemos a alpha técnica no ano passado, para obter as informações dos servidores e coisas assim. E depois tivemos uma beta privada, eu acredito que foi no fim de janeiro, e uma beta aberta. E durante a beta aberta e fechada, nós lançamos uma longa lista de mudanças e melhorias que fizemos apenas baseado no feedback da beta privada. Nós queríamos mostrar o nosso comprometimento com a saúde do jogo mostrar isso para a comunidade, e nós estamos conscientes em rapidamente resolver problemas que identifiquemos. O sentimento que lemos no Twitter (e nós lemos muito o que o pessoal diz e estamos muito interessados nisso) foi realmente positivo, então acho que isso continuará nas pessoas que irão dar suporte ao jogo.


PSX Brasil: E após o lançamento do primeiro game, a equipe decidiu adiar todo o conteúdo e se concentrar em reparar todos os problemas que ele apresentava. Supõe-se que esta foi uma lição e que provavelmente não teremos o mesmo problema, mas se isso acontecer, quão rápido a equipe poderá ouvir o feedback dos fãs, avaliar os problemas apresentados e dar uma solução rápida?

Nick: A parte live do jogo, como as mudanças de qualidade de vida, terão um time dedicado somente a isso. E nós também temos um time dedicado ao conteúdo do jogo. Então essas duas coisas serão trabalhadas em paralelo. Então se houver um problema com o jogo, não quer dizer que não iremos entregar o conteúdo que prometemos.


PSX Brasil: Além do cronograma de conteúdo já mencionado, teremos alguma surpresa? Como os eventos globais do primeiro jogo?

Nick: Talvez haja algo. Obviamente, nós anunciamos os três episódios e a Incursão. Se tivermos mais conteúdos ao longo do ano, iremos anunciar mais para frente.

PSX Brasil: Podemos esperar algum conteúdo crossover pós-lançamento? Como Ghost Recon Wildlands teve com Predador e Splinter Cell?

Nick: Nós não anunciamos nada ainda, então não poderei comentar sobre. Mas sim, nós temos aqueles audio logs sobre The Division 2 em Ghost Recon, o que foi bem legal.


PSX Brasil: Além da possibilidade de jogar com até 8 jogadores, que inovações e melhorias podemos esperar das Incursões?

Nick: Cada facção do game (as Hienas, os Exilados, os Patas Negras e os Herdeiros), cada uma delas tem sua própria fortaleza no game. E o que você está tentando fazer é enfraquecê-los, então você deverá ter o nível apropriado de poder e habilidades para derrotá-los. Então isso é bem legal. Você pode até enfrentar esses desafios antes de adquirir o nível e habilidades apropriado. E também temos os Pata Negras, que invadem o mundo, e colocam sua nova fortaleza lá, e você não terá acesso a eles até o fim do jogo.


PSX Brasil: Game as a service se tornaram um tópico de discussão nesta geração, especialmente desde o primeiro Destiny e The Division, e mais recentemente com jogos como Anthem. Como você vê The Division 2 melhorando o status atual deste gênero?

Nick: Não falando sobre os competidores, mas nós estamos apenas construindo em cima da fundação estabelecida pelo primeiro The Division. Essas coisas obviamente custam criatividade e discussões para que no dia um nós tenhamos um jogo incrível, com um conteúdo Cenário Avançado incrível, assim elas não precisarão esperar. Se alguém conseguir a proeza de terminar a campanha no primeiro dia, nós sabemos que eles terão muita coisa a se fazer. E depois, não muito tempo depois, nós teremos outro update com a fortaleza do Patas Negras, e pouco tempo depois, nós teremos as Incursões, e algum tempo depois, os três episódios. Então os jogadores sabem, mesmo que eles consigam passar por todo esse conteúdo, de que haverá mais conteúdo virando a esquina. Então os jogadores sabem que eles podem investir o tempo, trabalhando para melhorar seus equipamentos para as Incursões. Então acho que isso é importante para um game as a service.


PSX Brasil: Tivemos a notícia de que a versão do PS4 vai oferecer um download de 90GB como Day One Patch. Você pode explicar por quê? O FAQ no site menciona que as versões para Xbox One e PC terão um download de 45 GB (50% a menos).

Nick: Eu não posso entrar em detalhes técnicas, mas eu acredito que o tamanho do patch é o mesmo no PlayStation, mas ele precisa de mais espaço reservado. Então mesmo que o patch seja de 45 GB, ele precisará de 90 GB para abrir todo o conteúdo da atualização, então o patch é similar em ambas as plataformas. E eu acho que isso apenas mostra o quanto de melhorias que adicionamos desde o beta fechado e aberta. As correções de bugs e mudanças. Todo esse conteúdo está no patch. Então valerá a pena.


PSX Brasil: Alguma última palavra para a comunidade brasileira?

Nick: Eu estou animado para que todos possam jogá-lo na sexta, no Xbox One, PS4 e PC. E eu também estou ansioso para jogar quando chegar em casa, na quinta-feira. E eu espero que todos gostem e que fiquem animados com todo o conteúdo que será adicionado no primeiro ano. E se você tem algum feedback, poste no Twitter ou no Reddit. Nós lemos e iremos ouvi-los.


PSX Brasil: Legal. Obrigado.

Nick: Obrigado.

Winz.io