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Just Dance 2016

Junto com Assassin’s Creed, Just Dance é uma série anual da Ubisoft, sendo a segunda franquia mais rentável da desenvolvedora, sem nenhum concorrente próximo no gênero. De modo a justificar seu lançamento anual, busca-se trazer sempre modificações, tanto na interface quanto na lista de músicas, bem como em alguma inovação de gameplay. Para este ano, Just Dance 2016 traz duas novidades importantes.

A primeira não é tão nova assim, pois já estava disponível para os consoles da nova geração no jogo do ano passado. É a possibilidade de jogar utilizando um aplicativo disponível para smartphones Android e iOS. Com isso, Just Dance 2016 se torna um jogo muito acessível, eliminando a obrigação de uma câmera ou do PS Move. É então possível controlar o jogo de três maneiras: por meio do aplicativo, utilizando a PS Camera em conjunto com o PS Move, ou ainda apenas o PS Move.

A segunda grande novidade tem a ver com um pedido muito recorrente de fãs do jogo: poder dançar as músicas dos jogos anteriores. Isso, entretanto, não foi feito de uma maneira muito agradável: essa facilidade está disponível por meio de um serviço pago (e muito bem pago!). Com o chamado Just Dance Unlimited, é possível jogar grande parte das músicas de edições anteriores, bem como algumas faixas exclusivas para assinantes, e a promessa de novas faixas durante todo o ano.

A mensalidade do serviço custa R$21,50, enquanto a assinatura anual sai por R$122,90. Pelo que parece, não haverá DLC para o jogo, apenas o Just Dance Unlimited. Fico me perguntando: caso o serviço se mostre lucrativo, será que não teremos mais o lançamento anual de Just Dance? Neste caso em específico, o serviço talvez se mostre vantajoso.

A interface do jogo foi toda remodelada, sendo agora muito mais amigável de se navegar usando o controle. Ainda é possível utilizar o Move, porém, ele continua com uma navegação desajeitada. Os diferentes modos de jogo estão mais bem agrupados e já não há o incômodo de avisos aparecendo continuamente, como era visto no jogo anterior.

Vamos então aos modos de jogo disponíveis. Temos a Festa, que é o modo clássico de escolher uma música e partir para a dança, com as melhores pontuações sendo registradas e sua performance classificada com estrelas. Uma novidade aqui é uma opção cooperativa, em que mais amigos podem dançar com você para obter uma pontuação mais alta – neste caso, a performance do grupo é classificada com joias.

O Dance Quest é um modo novo para esta versão, servindo como uma “campanha” do jogo: é necessário “vencer” três músicas para desbloquear o próximo desafio, que são outras três músicas, e assim por diante. Os desafios possuem também três níveis de dificuldade. Não é muito criativo ou empolgante, mas serve de atrativo para conhecer todas as músicas oferecidas no jogo (e também ganhar alguns troféus).

Outro modo que retorna com um novo nome é o “Suor e Playlists”. Esse é meu favorito, pois traz um contador de calorias, dando uma sensação de recompensa por dançar. São disponibilizadas playlists aleatórias e o quanto de calorias você irá queimar ao dançá-las. É também possível criar sua própria playlist, ou ainda jogar sem parar. Infelizmente, este modo não traz nenhuma coreografia alternativa para exercícios, algo muito legal que existia em Just Dance 4.

A parte multiplayer do jogo se encontra nos modos World Video Challenge, em que você disputa a pontuação mais alta contra as gravações de outros jogadores do mundo; o modo Hora do Show, em que você pode criar um vídeo estilizado de sua performance e compartilhá-lo; e o modo Just Dance TV, o Youtube de Just Dance, para assistir os vídeos compartilhados pela comunidade. Infelizmente, existem alguns problemas de conexão e lentidão no carregamento dos vídeos. Também senti falta de poder assistir em tela cheia.

Vamos agora comentar sobre as músicas disponíveis este ano. Apesar de ser uma franquia muito prestigiada no Brasil, cantores brasileiros mais uma vez ficaram de fora. Houve, entretanto, adições interessantes, como a vocaloid Hatsune Miku. Mais da metade das músicas são recentes, incluindo hits como All About that Bass e Heartbeat Song. Não sei se é porque não conheço muitas das músicas deste ano, mas achei a tracklist um pouco fraca, gostando mais da de Just Dance 2015. Senti também a falta de mais músicas eletrônicas.

As coreografias continuam divertidas, com destaque para I Gotta Feeling e Uptown Funk. Existem ainda aquelas sem noção, este ano meu prêmio indo para a de Angry Birds. Muitas músicas disponibilizam coreografias em duplas e grupos, além de modos alternativos desbloqueáveis, utilizando uma mistura de passos de outras músicas, ou ainda algo mais voltado para exercícios. As Community Remix também retornam – elas funcionam como uma coreografia alternativa, com o diferencial de serem formadas por envios dos próprios jogadores. Tudo continua sendo algo mais voltado para diversão do que profissionalismo, o que não tira o brilho do jogo.

Veredito

Apesar de ser uma franquia anual, Just Dance 2016 traz inovações importantes. É agora possível jogá-lo em qualquer console utilizando um aplicativo de smartphone, eliminando a obrigatoriedade de uma câmera e do PS Move. Há também o lançamento do Just Dance Unlimited, um serviço de assinatura que traz mais músicas, inclusive grande parte das encontradas em edições anteriores. O preço da assinatura, entretanto, é muito alto e desencorajador. Mesmo assim, continua sendo um jogo ótimo para festas, com coreografias divertidas e músicas variadas, além de servir para queimar algumas calorias. Se ainda estiver em dúvida com relação ao jogo, aproveite a demo gratuita disponível na store.

Jogo analisado com o código fornecido pela desenvolvedora.

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