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inFamous: Second Son

Em uma época que temos poucos títulos exclusivos e vários ports, inFamous: Second Son pode ser considerado o primeiro título que fará um usuário comprar o PlayStation 4.

Mas o que o título oferece a ponto de receber tal prestígio?

Apesar de não ser chamado de "inFamous 3", Second Son possui todos os elementos para ser considerado como tal. Ainda temos um mundo aberto e jogamos com um protagonista com superpoderes, Delsin Rowe, enquanto ele escolhe se deseja trilhar o caminho do bem ou do mal.

Delsin é um "Conduit" (condutor). Condutores são pessoas com superpoderes e, no caso de Delsin, seu poder é a absorção. Ou seja, ele pode absorver a habilidade de um condutor e usá-la a seu favor. No início, você obtém o poder da fumaça – com isso, Delsin pode se transformar em uma e cortar caminho por dutos de ventilação, por exemplo. Depois, obtém o de Neon, com algumas diferenças peculiares. Há ainda outros poderes que não serão mencionados para não estragar a sua surpresa.

Todos os poderes possuem suas "árvores de evolução", digamos assim. Através de drones derrubados no cenário e coletando o seu conteúdo, Delsin pode evoluir as diferentes habilidades que possui. E as habilidades são variadas e dependem de cada poder. Obviamente, algumas são em comum: bola é sempre o "caminhar mais rápido", enquanto que R2 é o projétil. Mas a forma como isso é feito, além dos efeitos dos outros movimentos (como a bomba no L1), varia conforme o poder que Delsin está usando.

Para recuperar o poder, o jogo ainda usa o sistema de absorção dos lugares. Por exemplo: se você avista uma fumaça de um carro em chamas, pode encher a barra da sua habilidade em questão. Para isso, basta apertar o Touch Pad. Aliás, o DualShock 4 é usado de forma comum no jogo (não há muitas inovações), mas há certos momentos que os produtores fizeram uma boa jogada – quando você pichar uma parede pela primeira vez, vai entender minha afirmação.

Como dito anteriormente, muita coisa do jogo evolui conforme o caminho que o jogador decide escolher: se vai ser bonzinho ou maligno. Independente da escolha, a história de inFamous: Second Son acontece em 2016, sete anos após os eventos de New Marais. O "Departamento de Proteção Unificada" (D.U.P.) é criado para caçar e capturar os condutores restantes, chamados agora de "bio-terroristas".

Delsin é um grafiteiro e também um deliquente da reserva Akomish. Seu irmão é Reggie, o xerife local. Em um determinado dia, Brooke Augustine, diretora da D.U.P. (e uma condutora) acaba aparecendo na área depois que perde alguns condutores prisioneiros. Algumas coisas desagradáveis acontecem e Delsin resolve ir para Seattle, que está totalmente fechada pela D.U.P., para caçar Augustine.

Se você possui problemas em entender o inglês, inFamous: Second Son tem dublagens e textos totalmente em português do Brasil. A dublagem, inclusive, é muito boa. Obviamente que a original e com a voz de Troy Baker (Joel de The Last of Us, Coringa em Batman: Arkham Origins e Booker de BioShock Infinite) como Delsin dispensa comentários, mas para os que querem escutar com o nosso idioma não têm muito do que reclamar.

A história, no entanto, se desenvolve de forma chata e previsível. Você perceberá cedo ou tarde que a sistemática é sempre a mesma: vá para o local da missão, tire um pouco do controle da D.U.P. de lá, ache o condutor, receba o seu poder, aprenda os movimentos básicos achando espécies de containers e faça uma missão com algum chefe ou semelhante. Entenda: o gameplay é legal nessa progressão (as missões são relativamente variadas), mas a história em si possui uma progressão muito monótona.

Há outras duas críticas que talvez não afetem o leitor: Delsin, assim como Cole nos outros jogos, continua bastante "flutuante". Parece que as leis da gravidade não afetam o personagem. Ele escalando um prédio é algo muito estranho e não natural. Outra crítica é em relação ao "roaming" (ficar "andando pelo mundo aberto"). Apesar de mais para frente se tornar algo simples, no início com apenas o poder de fumaça é algo chato e sem graça – sem contar que as missões estão bem longes uma das outras. O que vale nessas horas é aproveitar a paisagem.

E que paisagem. inFamous: Second Son possui gráficos estupendos. O chão com a chuva caindo é algo absurdo. Isso só nos mostra que a geração mal começou. inFamous nunca foi referência para gráficos.

inFamous: Second Son é relativamente curto. Mas isso é contornado por dois fatores: se você vai aproveitar o título 100%, precisa terminá-lo duas vezes (uma vez trilhando o caminho do bem e outra na do mal) e há muitas missões paralelas a serem concluídas.
 

Veredito

inFamous: Second Son é um jogo que todo dono de PlayStation 4 deve conferir. Seu gameplay é divertido, variado e seus gráficos são embasbacantes. No entanto, vale ressaltar seus problemas mencionados ao longo desta análise.


 

Jogo analisado com cópia adquirida na PlayStation Store americana.

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90

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