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Guilty Gear Xrd – SIGN –

Guilty Gear é uma clássica série de luta que data desde os tempos do primeiro Playstation e que, particularmente, sou fã de longa data. A série evoluiu na época do Playstation 2, porém, na geração anterior acabou caindo no esquecimento, com a produtora colocando seu foco e seus esforços em sua nova série, Blazblue.

Antes de tudo, Xrd -Sign- é claramente a primeira versão de muitas que estão por vir, portanto, se você não é fã de adições como Super, Ultra, Arcade Edition, Extend e afins, prepare-se para estar desapontado.  No entanto, esse primeiro pacote possui bastante conteúdo como missões, challenges, modo história, online e etc.

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Xrd é o primeiro Guilty Gear novo em anos e traz bastantes novidades em suas mecânicas, ao mesmo tempo em que mantém uma familiaridade que deve agradar os antigos fãs. Para os que desconhecem a série, GG é um jogo de luta rápido, frenético e que incentiva agressividade. Mesmo os personagens que mantêm distância de seus oponentes têm as técnicas necessárias para impor pressão e permanecer na ofensiva. 

Guilty Gear é um fighter de cinco botões: Soco, Chute, Slash, High Slash e Dust. É fácil de aprender e difícil de dominar, pois logo entram mecânicas mais complexas como Roman Cancels, Psych Burst, Dead Angle, Instant Kills, etc. Felizmente, Xrd conta com um tutorial bastante útil, que ensina os básicos de todos os jogos de luta e os detalhes específicos da série, recomendado para iniciantes no gênero e na série.

Além do tutorial, há também o Arcade, M.O.M., challenges e missões que irão testar e aprimorar suas habilidades. Arcade são lutas em sequência contra o computador e que também servem como prólogo para o modo história. Challenge são os famosos trials que ensinam os combos de cada personagem, alguns dos quais são bastante úteis para partidas reais. Missões são desafios que colocam o jogador em situações especificas e requer que seja completado um objetivo como escapar e contra-atacar uma sequência de golpes. É basicamente uma extensão do modo tutorial, com objetivos bem mais difíceis, porém, que fornecem um enorme aprendizado.

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 M.O.M. é um modo em que se ganha pontos derrotando oponentes. Tais pontos podem ser gastos para melhorar status, ganhar ataques novos, equipamentos melhores, etc. É praticamente uma mistura da jogabilidade de luta com RPG e é um modo que pode render dezenas de horas. Cada oponente possui múltiplas barras de vida e seus próprios equipamentos, que podem agir de maneira favorável ou desfavorável contra o jogador. Cada luta pode fornecer diferentes itens e equipamentos, dependendo da dificuldade do oponente e do tipo de tesouro que carregam. No entanto, existem lutas que irão se repetir e que podem tornar esse modo um tanto repetitivo.

O modo online possui vários salões para até 64 jogadores e é possível criar salas para até 8 pessoas jogares. É possível também customizar essas salas para aceitarem pessoas com boa conexão ou indicar salas dedicadas a treino, etc. O próprio jogo grava automaticamente suas partidas, que podem ser vistas depois para estudo ou divulgação, sendo que isso pode se tornar uma ferramenta vital para aumentar o nível da comunidade e dos próprios jogadores.

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Uma pequena e ótima adição ao modo online é que as partidas mostram quantos frames de lag existem, algo bastante útil para se evitar oponentes com conexões lentas ou instáveis. Fiz vários testes com o modo online e jogar com brasileiros com uma boa conexão normalmente causa um delay de 2 a 4 frames. Mesmo com conexões mais fracas, o delay era de 8 frames, ou seja, ainda jogável. Jogar com estrangeiros já se demonstrou mais problemático, pois o delay fica entre 8 e 20 frames, dificultando realizar partidas.

Graficamente, esse é o primeiro título da série a utilizar gráficos 3D (excluindo um spin-off de X360) e, felizmente, o resultado é um título incrivelmente bonito, cujos personagens e ambientes continuam admiravelmente bem detalhados e estilosos.

No entanto, essa troca da clássica animação 2D da série para os novos gráficos 3D causou uma diminuição considerável no número de personagens jogáveis. Na última versão 2D tínhamos 25 personagens jogáveis, e na atual temos 17 personagens, dos quais 12 são personagens antigos e 5 são novos (sendo que desses novos, Leo é DLC e Elphelt estará grátis apenas por duas semanas após o lançamento. É possível comprar o Sin, mas também é possível liberá-lo apenas jogando).

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A diminuição de personagens pode ser desapontante, principalmente se algum dos seus personagens favoritos não é jogável (no meu caso: Jam), porém, é certo que tais personagens antigos irão retornar em revisões futuras (Jhonny com certeza estará na próxima). Apesar de utilizar outros personagens clássicos, acabei me interessando mais pelos novos. Elphelt utiliza de um arsenal de armas para manter a pressão em seus inimigos e Ramlethal é capaz de teleportar duas espadas para próximo do oponente, além de ter várias sequências de ataques com socos e chutes.  Os outros personagens novos são igualmente interessantes e todos são ótimas adições à série.

Os novos gráficos 3D também se destacam no modo história, permitindo uma variedade muito maior de animações e feições para cada personagem. O modo história continua a partir dos acontecimentos no modo arcade e não possui nenhuma luta, sendo basicamente uma visual novel com ótimas animações. É possível salvar seu progresso em qualquer momento e ainda há um dicionário interativo explicando os termos da série e acontecimentos passados. Eu considero esse dicionário um pequeno milagre, pois a história da série era altamente confusa, algo que Xrd tornou muito mais entendível e prazeroso de ser acompanhado.

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Pessoalmente, gostei bastante da história com seus vários momentos de ação, mistério e comédia, sendo minha única reclamação devido ao fato de que alguns personagens aparecem brevemente e são logo esquecidos, não tendo nenhuma importância na trama.  

Como é tradição da série, a OST está espetacular. Guilty Gear sempre foi um grande tributo ao rock e a OST também não deixa nada a desejar. Todos os personagens receberam novos temas e inclusive rivalidades possuem sua própria trilha. Há também a possibilidade de se comprar na galeria, com dinheiro do jogo, algumas músicas dos jogos anteriores para serem tocadas durante as partidas. Infelizmente, não há uma opção apenas para se escutar a trilha sonora, o que é uma pena já que algumas músicas, principalmente as que possuem vocais, não tocam durante lutas.

Veredito

 Xrd – Sign – é a primeira versão de muitas que estão por vir e já considero como um dos melhores jogos de luta atualmente. Os novos personagens e o modo online irão me manter jogando por um longo, longo tempo, mas também há o M.O.M., challenges, missões e o modo história para os que preferem conteúdo solo.  Porém, se você não é fã do gênero e tem aversão a revisões futuras, esse título não é para você. Mesmo fãs antigos da série podem acabar torcendo o nariz por causa do desaparecimento de vários personagens clássicos e não há garantia que se adaptem bem aos novos. No geral, considero Xrd um título obrigatório para qualquer fã de jogos de luta, sendo apenas necessário cada um definir se prefere pegar essa primeira versão ou esperar para quando sair a mais completa no futuro. 

Jogo analisado com cópia digital fornecida pela Aksys Games.

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