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Dead Rising 2

Dead Rising 2 é um jogo que foge do habitual tom sombrio e altos níveis de tensão que costumamos ver nos jogos envolvendo zumbis, seguindo a premissa básica de um mundo aberto em que o jogador enfrenta hordas de inimigos com os mais variados tipos de armas e permeado por situações absurdas, se passando por um bom filme “trash” em forma de jogo.

Desenvolvido pela então Blue Castle Games (hoje conhecida como Capcom Vancouver) e publicado pela Capcom em 2010, Dead Rising 2 foi o primeiro jogo da série a chegar ao PlayStation 3. Agora em 2016, todos os jogos da série lançados para a geração passada chegam ao PlayStation 4 em um só pacote.

Desde a primeira cena do jogo, fica claro o tom que irá ditar os acontecimentos. O jogador controla o herói Chuck Greene, um ex-campeão de motocross que agora ganha a vida em um gameshow chamado Terror In Reality, cujo objetivo é matar o máximo de zumbis possíveis pilotando motos equipadas com motosserras de cada um dos lados. Chuck participa da competição para ganhar dinheiro para comprar um remédio chamado Zombrex capaz de adiar por 24 horas que uma pessoa mordida por um zumbi se transforme, no seu caso, a sua filha pequena, Katey.

O roteiro do jogo lembra bastante filmes recentes envolvendo zumbis como Zumbilândia ou Todo Mundo Quase Morto, em que a tensão e seriedade dos diálogos (logo nos primeiros minutos do jogo Chuck é acusado de sabotar o TiR e causar um ataque em massa de zumbis) é contraposto com os exageros e o absurdo do gameplay.

Se em alguns jogos isso acaba gerando uma dissonância ludonarrativa que incomoda (como em Tomb Raider, em que vemos Lara relutando em matar nas cut-scenes enquanto mata dezenas de capangas durante os trechos de gameplay), em DR2 isso funciona a favor do jogo, já que muito do seu humor vem do absurdo de matar zumbis usando vassouras ou baldes.

Há também um senso de urgência ao jogo. Chuck tem 72 horas para provar sua inocência, antes que os militares cheguem para acabar com o ataque dos zumbis e prendê-lo, além de precisar dar à Katey uma dose de Zombrex a cada 24 horas. Esse timer acaba contribuindo para a atmosfera do jogo, mantendo sempre uma leve tensão e não permitindo que o jogador se distraia matando dezenas e mais dezenas de zumbis.

Uma das mecânicas mais interessantes de Dead Rising 2 é o sistema de crafting. Ao subir de nível, o que acontece realizando missões e matando mais e mais zumbis, Chuck ganha “combo cards” por meio dos quais é possível aprender combinações de itens que se encontra pelas fases para fazer armas. É possível testar diferentes combinações, mas as que o jogador possui esses “combo cards” dão mais pontos de experiência e, em geral, causam mais dano. As combinações vão desde tacos de baseball com espinhos à baldes com furadeiras ou luvas com facas, adicionando a loucura geral do jogo.

O remaster em si é o básico que se esperaria. O jogo é bonito, apesar de não ser muito visualmente impressionante, e roda a 60 frames por segundo, o que torna o combate melhor. Existe um multiplayer online que funciona muito bem também, no qual é possível jogar a campanha em modo co-op ou disputar partidas no TiR.

Mas nem tudo do jogo é perfeito. O combate contra outros humanos é ruim e nada recompensador, especialmente porque, por melhor que se possa dizer que o remaster é, a movimentação dos personagens ainda é um pouco travada e o combate pouco responsivo, o que diz mais sobre a época em que o jogo foi feito, não atrapalhando muito a diversão.

É estranho também que nenhum dos dois DLCs, Case Zero e Case West estejam inclusos no conteúdo do jogo, principalmente o Case Zero, já que se trata de um complemento importante para a história. É possível que tenha a ver com a exclusividade dos DLCs para Xbox 360, mas isso é só especulação.

No geral, Dead Rising 2 é uma experiência divertida, muito enriquecida pelo seu bom humor e pelo absurdo de se poder matar zumbis rebatendo bolas de baseball, usando cortadores de grama ou as mais variadas criações que se pode imaginar. A história é um bom pretexto de um jogo que, no geral, diverte bastante.

Veredito

Dead Rising 2 é um divertido jogo de mundo aberto, fácil de se passar algumas horas matando zumbis e vendo o contador de mortes crescendo. Não acrescenta muito como remaster além da resolução e framerate, mas é uma boa pedida para quem não teve a oportunidade de jogar na geração passada.

Jogo analisado com código fornecido pela Capcom.

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