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Darksiders II: Deathinitive Edition

O anúncio do Apocalipse sempre trouxe os seus quatro cavaleiros: Morte, Guerra, Fome e Peste. Darksiders II continua com a mesma temática pós-apocalipse de seu antecessor, sendo que Death (Morte) é incumbida de solucionar os problemas causados por Guerra (War) no primeiro game e reviver a humanidade, inocentando desta forma o seu irmão. Mas para isso, Death terá que se lançar em um novo mundo para achar as relíquias necessárias e abrir caminho até a árvore da vida.

Darksiders é uma franquia que combina várias outras em uma só. Temos o estilo de exploração de mundo aberto de The Legend of Zelda, inclusive o sistema de câmera, em que você pode focar em um inimigo e a tela fica em widescreen, até as Dungeons lotadas de monstros e itens secretos. Há também um combate mais visceral e com combos rápidos à la Devil May Cry, além de referências a Portal e God of War. Mesmo tendo esta grande mistura de gêneros, o jogo possui identidade própria e é empolgante, conseguindo causar um fator diversão muito grande no jogador.

Darksiders II possui uma temática que praticamente faz sucesso em várias mídias, que é o Apocalipse. Mesmo sendo abordado de uma maneira e com conceitos diferentes, este aspecto é muito bem trabalhado, porém, o game peca um pouco na enrolação dos capítulos intermediários. Não é rara a seguinte situação: vá a um lugar X, mas para chegar lá, você deve ir a Y e Z pegar dois itens e assim por diante, tornando o game um pouco cansativo e em alguns pontos fora do foco da história principal.

Este problema só não atrapalha o game em si por causa de seus personagens. São muitos e bem trabalhados, como o Lord of Bones e a Devil Lady. E não podemos esquecer de Death; mesmo não vendo seu rosto por todo o game, ele nos passa as suas características. Chegamos a ver Death sendo sarcástico, mordaz e irônico, tudo devido à grande atuação do ator que empresta sua voz a ele. O trabalho audiovisual é fantástico também, desde grandes monumentos góticos a áreas abertas muito bem trabalhadas e com uma trilha sonora maravilhosa que em momento algum se torna cansativa.

Apesar de existir um Mundo Aberto para exploração desde o início da aventura, Darksiders é um jogo bastante linear. Nos moldes de Zelda você só pode acessar determinadas áreas após conseguir algum item ou habilidade. Embora o mundo aberto e as dungeons sejam uma referência a Zelda, a exploração dos mesmos é mais a um estilo de Prince of Persia e Assassin’s Creed, ou seja, é rápida e acrobática.

O modo de combate foi também bem trabalhado, te dando novas possibilidades. Death possui dois sets de armas, o primário e o secundário. O set primário são as foices duplas, que são suas armas principais. Já o set secundário é uma combinação de várias armas, desde Martelos até Lâminas Rápidas. Estas armas ainda possuem um sistema de Level Up, que permite você combinar várias delas para conseguir uma com habilidades mais altas, como regeneração de Mana e HP. O jogo criou, assim, uma grande variedade de armas para serem criadas e usadas por cada tipo de jogador.

Death possui também um set de defesa, em que você pode utilizar vários itens para aumentar suas defesas e criar novas possibilidades nos combates. Existem armaduras que aumentam sua Arcane, sua Experiência e, claro, sua Defesa. O equipamento de Death é encontrado durante todo o game de maneira aleatória em vários baús, sendo assim, quanto maior a exploração, mais itens e possibilidades o jogador consegue. Os itens também possuem um sistema restritivo de level, que não permite a Death usar armas que estejam em um level maior que ele.

Além deste sistema de equipamentos, o jogo possui uma Skill Tree, que aumenta várias possibilidades de combate ao longo da trama. Por exemplo, você pode ser um atacante a longa distância utilizando as habilidades Necromancer de Death, ou um atacante direto com as Skills Unstoppable. Isto proporciona uma nova experiência em combate, deixando o mesmo mais fluido, divertido e personalizado, o que aumenta bastante o fator replay do game.

O sistema de Level Up do personagem principal é interessante. Você ganha XP por matar inimigos e passar missões. Porém, Death só consegue Level Up se matar inimigos que estejam em um Level superior ao seu, evitando que o jogador pare para ficar subindo de level e tenha mais facilidade para concluir o game.

Estas características do jogo original não mudaram nada na remasterização, ficando praticamente o mesmo jogo. Existem algumas pequenas modificações, como a qualidade visual e sonora, porém, é um jogo que não se deu muito bem com a remasterização. Deathinitive Edition possui em seu esqueleto todos os DLCs da sua versão de PS3, apesar deles não acrescentarem muitas novidades na história. A remasterização também tem problemas com lag, travamentos inesperados e congelamentos de imagem, além de redução de frame rate.

Para um jogo que já tinha alguns problemas em 2012, esta nova versão não acrescenta praticamente nada para os novos jogadores. Se você gostou da versão antiga, vale o investimento para matar as saudades. Mas se tiver objetivando outros jogos, pode correr deste. A principal adição a este jogo é a dificuldade Deathinitive. Nesta dificuldade, o jogo fica ainda mais apelativo que o seu antecessor, tornando alguns bosses um parto para serem derrotados, porém, ainda existem suas facilidades, como checkpoints excessivos.

Veredito

Darksiders II não é um game original, muito menos uma remasterização bem feita. Recomendo fortemente a compra em promoção para as pessoas que, como eu, gostaram do game e sentem falta de algo parecido. Mas definitivamente não é um jogo para se comprar no lançamento.

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