Com o sucesso de Guitar Hero e Rock Band na área dos jogos musicais, as desenvolvedoras e produtoras tem percebido que esta pode ser uma área bastante lucrativa por permitir uma nova modalidade de apreciação musical. E, embora não se enquadre no mesmo estilo dos jogos acima citados, Brütal Legend (de Tim Schafer, desenvolvido pela Double Fine e publicado pela Electronic Arts) sem sombra de dúvida tem grande potencial para os que possuem este interesse.
Brütal Legend é um jogo em terceira pessoa protagonizado por Eddie Riggs (Jack Black), um humano que vai parar no mundo das trevas, controlado por demônios que escravizam os humanos. Ele logo se identifica com a situação, encarna o espírito de herói e resolver libertar os humanos das garras do monstruoso Doviniculus, um poderoso demônio que possui um exército de diabões e criaturas malignas. Seu enredo não é linear, mas depende das ações do jogador em fases específicas para se chegar ao final, à semelhança de Grand Theft Auto. O jogo é cheio de referências a detalhes das carreiras de diversas bandas e ídolos do metal.
Eddie possui como armas um machado chamado The Separator, e uma guitarra Flying V chamada Clementine, cada uma delas com seus poderes especiais e formas de ataque diferentes. Em algumas situações pode usar como arma também seu veículo motorizado (atropelando os demônios). O combate do jogo é eficiente e realizado à semelhança de jogos como Devil May Cry 4 e God of War, um hack’n slash em ambiente 3D (no qual estranhamente o personagem não pode pular para realizar ataques). Adicionalmente temos em algumas situações com jogabilidade semelhante a RTSs (Real Time Strategy), que embora seja divertida, parece ser exageradamente utilizada (na quantidade de vezes) a partir de uma etapa do jogo. Este misto de hack’n slash e RTS permeia toda a experiência do jogo, o que o torna às vezes um pouco repetitivo.