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Symphony of the Machine

Desde o lançamento do Playstation VR, o gênero Puzzle é um dos que tem se beneficiado, tanto pela imersão quanto pela liberdade de movimentação do jogador possibilitada no ambiente virtual (parte dessa liberdade é aumentada com um par de PS Move). Jogos como I Expect You to Die e Keep Talking and Nobody Explodes se aproveitam bem de mecânicas que envolvem interação e manipulação de objetos, aliados a um frenesi causado por limites de tempo para se resolver os quebra-cabeças.

Indo um pouco na contramão dessa agitação, surge Symphony of the Machine, da australiana Stirfire Studios. Este é um jogo de quebra-cabeças que prefere colocar o jogador em um estado zen, trazendo-o a uma ambientação mais serena que preza mais pela observação do que um enfoque pesado em narrativa ou ação.

Você inicia o jogo sozinho em uma região montanhosa e árida. Sem textos ou tutoriais, o jogador logo de começo é convidado a explorar o ambiente para descobrir seus comandos de interação, sendo as únicas dicas pequenas gravuras desenhadas nas paredes de rochas. Em pouco tempo, você encontra uma torre extremamente alta que emite um feixe de luz para o céu. É no topo desta torre que você é convidado a resolver diversos quebra-cabeças e a observar que, a cada resolução, a paisagem vai mudando gradualmente, ganhando vida.

Um pequeno robô flutuante serve como um guia no começo da jornada em Symphony. Não há diálogos, então ele se comunica por meio de gestos, sons e imagens. Apesar dessa limitação, tudo é bem intuitivo e de fácil entendimento ao jogador. Ele é responsável por trazer os objetos que serão utilizados na resolução dos quebra-cabeças, algo que é feito de modo incremental, aumentando gradualmente o nível de desafio.

A mecânica de todos os quebra-cabeças é única: manipular o feixe de luz emitido do alto da torre. Ao redor dela existem símbolos que representam diferentes elementos e estados da natureza (vento, sol, nuvem e chuva). Direcionar o feixe de luz para um deles faz com que o ambiente ao seu redor reaja de acordo, ou seja, jogando luz no símbolo da nuvem faz com que o tempo fique nublado, por exemplo.

A manipulação do feixe de luz é feita com espelhos, que simplesmente refletem a luz, ou objetos mais complexos que multiplicam os feixes de luz, possibilitando uma combinação dos símbolos para gerar novas condições ambientais, como tempestades e até um furacão de fogo.

A cada novo quebra-cabeça, o robô dá ao jogador uma muda de planta, sendo seu objetivo fazê-la crescer e florir. Para isso, é necessário ativar com a luz os símbolos corretos que formem uma combinação de elementos que propiciem um ambiente ideal de crescimento da planta. Simples, não é?

Para complicar as coisas, ativar um símbolo pode criar uma barreira para outro símbolo, de modo que você terá que manipular a luz para direcioná-la corretamente. Logicamente, há um número limitado de objetos à disposição para isso. Em pouco tempo, você se encontrará rodeado de feixes de luz e barreiras, experimentando diferentes combinações e ângulos que possibilitem o posicionamento ideal. Além disso, outras surpresas são adicionadas para aumentar a complexidade.

Os quebra-cabeças são bem bolados e a imersão proporcionada pela RV deixa o jogador livre para se movimentar 360º pelo cenário, procurando o ângulo certo para refletir a luz, uma experiência muito satisfatória. Dependendo do seu nível de conhecimento, é possível solucionar cada desafio entre cinco a dez minutos, e este é o principal problema do jogo: duração.

Symphony of the Machine é curto. Muito curto. Finalizar seu modo campanha pode ser feito em cerca de uma hora. Após isso, é desbloqueado um "modo livre", em que você pode continuar a resolver novos quebra-cabeças ad infinitum. Mesmo assim, nada de novo é adicionado, fazendo com que a diversão prolongada logo se torne tediosa, principalmente porque há um limite de combinações que podem ser feitas.

Symphony acaba sendo mais uma experiência do que um jogo completo. Mas não se engane: os quebra-cabeças são divertidos e a mecânica de manipular o feixe de luz permite uma gama de diferentes abordagens. Talvez se houvesse outras torres com novos elementos e regras, haveria mais variedade de gameplay que aumentasse a vida útil e replay do jogo. Infelizmente, com um time pequeno e de orçamento limitado, isso provavelmente se tornou algo fora de escopo.

Apesar de, como sempre, haver mais liberdade ao se jogar com um par de PS Move, é possível utilizar somente o DualShock 4. Em ambos os casos, no entanto, o jogo é prejudicado pela arquitetura do PSVR e suas limitações técnicas no rastreamento dos controles. Quando a luz de um controle não é visível para a câmera, o rastreamento se perde. Isso me irritou em vários momentos em que o item saía de minha mão porque o controle sumia. Desse modo, apesar de poder caminhar livremente pelo cenário, você fica limitado a sempre estar em uma posição que não impeça de os controles serem "enxergados" pela câmera. Nesse jogo em específico, isso foi um problema que quebrou diversas vezes a imersão.

Embora seja do gênero puzzle, a simplicidade na manipulação dos objetos e os comandos intuitivos tornam Symphony of the Machine um jogo que pode ser a porta de entrada para novos jogadores não acostumados à Realidade Virtual, ou até mesmo sem nenhuma experiência com jogos. Mesmo sendo de curta duração, talvez valha a pena ter em sua biblioteca para "iniciar" novos jogadores ao PSVR.

Veredito

Symphony of the Machine mistura quebra-cabeças com uma temática zen, prezando mais pela serenidade e observação do que um gameplay intenso. Com comandos simples e intuitivos, numa mecânica de manipulação da luz, ele pode ser a porta de entrada na Realidade Virtual para muitos jogadores, oferecendo também entretenimento para aqueles mais experientes. Seu maior problema é a curta duração. Pelo preço pedido, vale a pena esperar por uma promoção.

Jogo analisado com código fornecido pela Stirfire Studios.


 

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Veredito

70

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Veredict

Symphony of the Machine is a zen VR puzzle, more focused on a soothing atmosphere and observation than on intense gameplay. With simple and intuitive controls, and its core mechanic based on manipulation of light, this could be an entry point for non-VR players, as well as a good entertainment for those more experienced. Despite being fun, the game is too short, which is why you should probably wait a price drop to get it.


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