Análise – The King’s Bird

Uma maior liberdade e expressão criativa na indústria dos jogos tem ficado a cargo dos menores estúdios e projetos independentes. Sem uma enorme responsabilidade comercial, boas surpresas foram vistas nos jogos indies em vários aspectos, como por exemplo em The King’s Bird e seu excelente aspecto artístico.

The King’s Bird conta de forma singela a história de uma aldeã em um local governo por um tirano. Ao enganar o tirano e conseguir acesso aos poderes que ali existem, a aldeã vê a liberdade a seu alcance e começa a explorar o fabuloso mundo que ali existe.

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A história aqui serve mais como plano de fundo para que o jogador se envolva na jogabilidade do título. Praticamente como um jogo totalmente plataforma, o intuito é adentrar as várias áreas oferecidas, tentar fazer cada missão no tempo mais rápido e coletando todos os pássaros. O maior diferencial são os poderes que podem ser usados, principalmente para planar.

A jogabilidade do título é simples. O habitual pular, rebater em paredes, evitar buracos e espinhos além de atravessar longas áreas com a habilidade de planar. Aqui funciona a melhor parte e talvez mais problemática.

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No intuito de dar uma maior liberdade, o personagem principal tem a capacidade de planar por curtos períodos. Para melhor efetividade, uma queda livre aumenta a velocidade e, após uma arremetida, é possível planar por mais tempo e até alcançar áreas mais altas.

Enquanto o design dessa habilidade é excelente, a execução é problemática. O controle da direção de voo no analógico é imprecisa e, mesmo com certa prática, acaba sendo mais difícil do que o normal se acostumar. Vários erros acontecem não pelo fato de errar velocidade ou momento de pouso, mas sim porque a direção nunca é precisa o suficiente.the_kings_bird_3

Além das dificuldades nos controles de voo, há ainda a necessidade de usar sempre 2 ou 3 botões ao mesmo tempo para realizar saltos mais longos. Em vários momentos, o jogo se torna cansativo de forma física, com um desgaste desnecessário de dedos e articulações. Junte isso a um sistema de plataformas que vai sempre te forçar a acertar o caminho perfeito, sem que o jogador possa variar a forma de jogar. Algo similar a Super Meat Boy, onde existe um caminho perfeito para realizar o melhor tempo e terminar a fase como se fosse uma coreografia.

Algo que não é possível criticar em The King’s Bird é sua arte. Seja visual ou sonora, o trabalho técnico no jogo nesses aspectos é incrível. Um excelente trabalho de cores diferenciando áreas diversas e com um visual estupendo é o que mais encanta no jogo. A trilha sonora não fica atrás e entrega tanto músicas empolgantes para fases mais acelerada e também mais calmas em momentos mais serenos.

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Uma pena que a arte visual e sonora do jogo não consiga carregar o título por conta própria, que fica bastante limitado em uma jogabilidade frágil e imprecisa. Mesmo que o desenrolar da história seja interessante ao ocorrer apenas por visual e não texto ou falas, uma melhoria nos controles poderia fazer de The King’s Bird um jogo melhor aproveitável.

Veredito

The King’s Bird peca por uma jogabilidade imprecisa e desnecessariamente trabalhosa para um jogo de plataforma, tornando a experiência mais frustrante do que divertida. Mesmo que o jogo apresente um visual estupendo e uma trilha sonora de alta qualidade, é difícil recomendar apenas pela sua parte técnica.

Jogo analisado no PS4 Pro com código fornecido pela desenvolvedora.

Veredito

65

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Veredict

The King’s Bird fails for its imprecise and unnecessarily complicated gameplay for a platform game, making the experience more frustrating than fun. Even though the game has a stupendous look and a high quality soundtrack, it is difficult to recommend only for its technical side.